O vereador Emetério Palma
(PCdoB), líder do governo na Câmara, tentou falar, mas os presentes não
deixaram com muitas vaias e gritos, sendo preciso que o presidente da Casa,
requisitasse a Polícia Militar, que nada pode fazer, vez que era uma
manifestação dos presentes e não baderna. com isso, Emetério dispensou a
palavra, concluindo que tudo não passava de politicagem, causando mais vaias e
mais gritos. O vereador Vei da Rádio (PTdoB), discordou do seu colega Emetério,
falando que não se tratava de politicagem, mas sim de uma família de um
cidadão, que dedicou a vida toda pelo município e que agora o governo quer
tomar à força, o único bem que deixou.
A vereadora Ana Rita (PCdoB),
concordou com o seu colega de bancada, Emetério e as vaias voltaram mais ainda
ensurdecedoras e perguntou uma besteira: ao inveis de está aqui vaiando, quantos
de vocês já foram na prefeitura procurar saber como anda o processo? (como se
um cidadão comum tivesse o poder, que não seja o titular, de ter acesso aos
documentos) e levou mais vaias. Encerrada a sessão, foi realizada a reunião
interna, com as presenças dos 10 vereadores, 03 filhos de D. Valdete, Elson
Roque, Eny e Elcy Roque, os pastores Israel e Juracy, Paterson Borges, Wagner
do 2 de julho e Adeilton Leal (Bozó), comissão formada pela comunidade com o
consentimento da família. O presidente Jú, abriu a reunião, concedendo a
palavra aos filhos de Manoel Roque, que relataram tudo aquilo que já havia sido
publicado pelo blogdobozo e ainda a forma grosseira que foram tratados pelo
prefeito Ivo Peixoto. Os pastores Israel e Juracy Matos, pediram que ninguém
ali visse como uma questão política o que estava a se discutir, mas sim uma
questão social e cristã, pedindo que os vereadores intercedessem pela família.
Wagner do 2 de julho, conhecedor do problema, pois foi secretário de
infraestrutura do governo Irismá quando a obra teve início, discorreu afirmando
que o valor da desapropriação, já estava embutido no valor da obra. Emetério
mais uma vez, como líder do governo na Casa, garantiu que o prefeito não usou
de má fé, que tanto a prefeitura como a família, podem chegar a um acordo, que
nada era impossível. Já o vereador Uziel Barreto, leu o artigo 34 da Lei
Orgânica do Município, que rege sobre desapropriação, mostrando irregularidades
no decreto. Usando da palavra, o líder sindicalista e ativista social Bozó,
falou que estava ali a convite da família, por se tratar de uma questão que
envolve o nome de um servidor que morreu a serviço do município, salientando
que até hoje, a carteira do servidor falecido não foi dada baixa e que o
Sindicato entrou com uma questão contra o município. Salientou ainda, que falar
em fazer oposição, o vereador Emetério fez isso por muito tempo e dignamente,
assim como o atual secretário de Planejamento o ex-vereador Reis. Afirmou sua
posição de oposição ao governo, mas que esta questão não tem lado e que o
presidente Jú foi muito sábio em promover esta reunião e propôs também uma
reunião formada por uma Comissão de vereadores, familiares e um representante
da comunidade, juntamente com o prefeito, para solução do problema. A sugestão
foi aceita. Finalizando, Bozó salientou que quem representa de fato a população
são os vereadores e essa é uma boa hora de mostrar que realmente cumprem com
este papel. Amanhã, quarta-feira, a procuradora do legislativo se reunirá com a
família acompanhada do seu advogado e os vereadores e representante da
prefeitura, na presença da comissão escolhida pela família. A imprensa teve um
papel de relevância, pois se não fosse ela, não se teria chegado a esse momento
de discussão.