O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), classificou como
política e partidária a greve dos professores da rede municipal de ensino
conduzida pela APLB, sindicato controlado por siglas de oposição à atual
gestão. O prefeito deixou claro que a maioria dos professores da rede não
aderiram à greve, e avisou que vai cortar, já na folha de julho, o salário de
quem não trabalhar. Ele lembrou que a Prefeitura, por meio da Secretaria
Municipal de Gestão (Semge), já apresentou uma proposta justa de reajuste para
a categoria de 2,5%, a mesma recomposição aceita em 2017 pelos servidores da
educação e, este ano, por outras classes do município.
“É um movimento político, sem nenhuma
razoabilidade. Colocamos na mesa a proposta de 2,5% para os servidores da
educação, o que assegura um ganho efetivo para a classe acumulado aos 2,5% do
ano passado. Não tem motivo para a greve existir. É uma greve política e assim
será tratada pela Prefeitura. Quem não for trabalhar terá o ponto cortado.
Determinei que a folha fosse fechada dia 20 e, dessa forma, que não comparecer
ao trabalho terá o salário cortado já em julho. Faço apelo para que os professores
que aderiram ao movimento voltem às escolas”, disse ACM Neto, durante
assinatura da ordem de serviço para requalificação da Lagoa dos Pássaros, no
Stiep.
O prefeito reforçou que a proposta de
reajuste oferecida pelo município é absolutamente justa, e frisou que não vai
aceitar movimento partidária. “Está muito claro que o governo do estado, sem
dar qualquer reajuste, não enfrenta o mesmo movimento por parte de um sindicato
que é dominado por PT, PCdoB e PSOL. Já enfrentamos outras greves desse tipo. E
todos sabem meu comportamento. A gente é justo, coloca a proposta na mesa.
Agora quando o sindicato quer fazer política, quem paga o preço disso é o
professor”, salientou.
Adesão baixa – Hoje, 86% das escolas da
rede municipal funcionaram normalmente ou de forma parcial, de acordo com o
levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). A orientação
Smed é que as escolas funcionem normalmente. A pasta entende o movimento de
greve como precipitado, uma vez que a negociação está em andamento. Destaca que
há proposta de aumento real para a categoria e que a valorização dos
professores é uma política implementada desde o início da primeira gestão de
ACM Neto. Um exemplo disso é o aumento registrado na média salarial da
categoria, que passou de R$ 4.826,71 para R$ 6.431,13, representando um
incremento de 33,24%.
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