Presidente nacional do PSDB,
o senador Aécio Neves (MG) anunciou na tarde desta terça-feira (18), em
discurso preferido no Plenário do Senado, que o governador do Mato Grosso, Pedro
Taques, agora é tucano. Taques se desfiliou do PDT no dia 10 de agosto sem
informar para qual partido migraria. Aécio confirmou sua adesão ao PSDB após
“inúmeras conversas” que disse ter realizado com o ex-colega de Casa
legislativa.
Taques iniciou sua carreira
política em 2010, quando se elegeu senador do Mato Grosso, pelo PDT, com 708
mil votos. Nas últimas eleições gerais, em outubro do ano passado, conquistou a
cadeira de governador do estado, com 833 mil votos, ainda pela mesma legenda.
Para entrar no mundo político, ele se afastou de seu cargo de procurador do
Ministério Público, em que ganhou fama pelo combate ao crime organizado.
Quando senador, Taques agia
de maneira independente em relação ao partido e, com frequência, manifestava-se
pela retirada do PDT da base do governo. A saída do governador se deu cinco
dias depois do anúncio, por parte da bancada do PDT na Câmara, do desembarque
da base do governo Dilma.
Com o Plenário lotado, Aécio
subiu à tribuna para anunciar o “reforço”. “A partir de hoje, estará filiado
aos quadros do PSDB um dos mais qualificados quadros políticos da vida
nacional, que esta Casa conheceu muito bem. Que aqui, em pouco tempo, fez
história pelo seu equilíbrio, pela sua independência e pela sua coragem de ser
sempre leal à sua consciência, não a eventuais conveniências. Muitas vezes,
inclusive, contrariando posição do seu partido, porque essas posições
contrariavam aquilo em que acreditava e continua acreditando”, discursou o
tucano.
Taques exerceu mandato no
Senado entre 2011 e 2014, quando se elegeu governador e abriu espaço para a
posse de seu primeiro suplente, José Medeiros (PPS-MT). Como integrante da
Comissão de Constituição e Justiça, coube a Taques a tarefa de elaborar
relatório sobre encaminhamento do Conselho de Ética que levou à cassação do
mandato, em junho de 2012, do então senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM),
por quebra de decoro parlamentar. Na ocasião da queda do ex-parlamentar, Taques
fez um longo discurso dizendo que Demóstenes “adotou conduta incompatível com o
decoro parlamentar, ferindo de morte – repito, ferindo de morte – a dignidade
do cargo e a ética que se impõe aos parlamentares”.
Congresso em Foco
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