Sistema de escolha do candidato no qual este tem que morar em
um distrito eleitoral, região definida por espaço geográfico pré-estabelecido,
não podendo colher votos em todos os distritos, visando mais proximidade do eleitor
com o eleito, maior fiscalização e menos candidatos no momento da escolha, para
facilitar o conhecimento da vida do candidato pelo eleitor. Este sistema de
eleição por distrito vem sendo apoiado por vários movimentos contemporâneos que
o vem debatendo na internet, e outros foros políticos, podendo ser citadas
iniciativas de: Vanderlei José Florenzano, que afirma que “o principal
problema-raiz brasileiro é a estrutura do sistema eleitoral”, Emygdio Carvalho
e Ricardo Borges Martins, que montaram um sito da internet.
No voto distrital puro, todos os candidatos na eleição
proporcional (deputados estaduais e federais) são escolhidos somente entre os
candidatos de uma determinada região (ou distrito) eleitorais, que devem
possuir, obrigatoriamente, domicílio eleitoral nessa região (perto do eleitor),
e são escolhidos de forma majoritária (o mais votado, por exemplo). Nesse
sistema puro, não existe o voto para deputados de fora da região do eleitor e
não se facilita a representação por categorias homogêneas de interesses,
tendendo-se a diminuição de partidos políticos. No voto distrital misto, parte
das vagas é escolhida pelo sistema distrital e a outra parte é escolhida pelo
sistema atual (proporcional), de forma que o eleitor tem acesso a uma escolha
de representante da sua região e, também, pode votar em um candidato que
represente uma área política de seu interesse, como, por exemplo, uma projeto
nacional, uma proposta de trabalho de amplo alcance, não só local, como um
candidato nacionalista, a favor da segurança, meio ambiente, etc., ou o que
defenda políticas sociais e ideológicas específicas, como o trabalhador, o
empresariado, a igualdade racial, direitos civis, consumidor, relações
homoafetivas, ambientalistas, socialistas, etc., tendendo-se a manter um
pluripartidarismo para defender tais grupos de interesses coletivos
fragmentados.
Como pelo voto distrital o candidato só pode pedir voto na
região onde mora, ele não some depois das eleições – fica sempre e
obrigatoriamente perto do eleitor. Assim, o eleito pode ser melhor conhecido,
melhor fiscalizado e mais cobrado, durante e, principalmente, após as eleições.
Com o voto distrital a sobrevivência política depende de alianças fortes,
permanentes, e honestas, a serem traçadas com uma comunidade de eleitores de
tamanho menor, constante, imutável, fixa, o que torna mais difícil o enganar e
o ludibriar, o que, por sua vez, é uma qualidade ótima para o eleitor e péssima
para o mau político. Justamente por tal modernidade e por ser tão eficiente (do
ponto de vista do interesse do eleitor) é que nossos políticos (em maioria)
ainda fogem do voto distrital, como o diabo foge da cruz! Justamente o que os
políticos atuais querem evitar, é ter que prestar, de verdade, contas do que
fazem, para o seu eleitorado, já que um grupo menor de eleitores (só os
eleitores de seu distrito) é mais difícil de ser enganado e manipulado
indevidamente do que o eleitorado de todo o Estado da federação (que são
milhões).
continua...