O candidato do PSDB à
Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta segunda-feira que existe uma
diferença enorme, quando o assunto é corrupção, entre seu partido e o PT,
"que foi julgado, condenado e tem lideranças presas". Ele também
defendeu que todas as denúncias sejam investigadas. "Se eventualmente
alguém for condenado no PSDB, não será tratado como herói, como fez o PT",
disse.
Questionado sobre Eduardo
Azeredo, implicado no chamado mensalão mineiro Aécio disse que é preciso
aguardar primeiro o julgamento da Justiça. "Eu não pré julgo.
Independentemente de qualquer partido político, quem fez coisas erradas deve
ser julgado", afirmou. Sobre o aeródromo de Cláudio, o presidenciável
tucano disse na entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo, que a obra teve o
objetivo de interligar, assim como outras obras, cidades importantes para o
desenvolvimento regional. "Se teve alguém prejudicado, foi meu tio avô,
que reivindica uma indenização maior pela desapropriação. Foi tudo feito de
maneira transparente."
Aécio confirmou que usou a
pista, mas não sabia que ela não estava homologada. "Visitei todos os
aeroportos de Minas Gerais, trabalhando, como governador", frisou ao ser
questionado se não se sentia constrangido por usar essa pista de pouso
construída em um terreno da família. "Essa fazenda está na minha família
há 150 anos, é um sítio que minha família vai nas férias. Essa cidade precisava
do aeroporto como outras de Minas Gerais. Criou-se uma celeuma em torno deste
caso, a propriedade não tem nada a ver com a (construção) do aeroporto",
afirmou.
O candidato do PSDB disse
também que pretende continuar com o Bolsa Família, mas vai avançar ainda mais
em áreas como saneamento e segurança. "Ninguém tem de ter vergonha de
copiar e aprimorar o que vem dando certo no País", reiterou. Ao falar dos
números de Minas Gerais, que tem cidades com IDH mais baixos do que os do
Nordeste, como as do Vale do Jequitinhonha, o tucano disse que seu governo sanou
muitas coisas e o Estado é hoje referência, por exemplo, em áreas como saúde e
educação. Indagado sobre os avanços na saúde estarem mais relacionados com
investimentos do governo federal, o candidato refutou a alegação e disse que
seu governo deu à saúde a prioridade necessária. "Quero governar o Brasil
para iniciar um novo ciclo, com ética e eficiência. A coragem que teremos para
fazer o que precisa ser feito permitirá ao Brasil voltar a crescer",
disse, citando o nome de pessoas das comunidades de todo o País que esperam um
Brasil melhor. E terminou a entrevista pedindo o apoio e o voto dos brasileiros
"para mudar o País".