Só mesmo uma gravidade generalizada do quadro financeiro do
Estado explicaria o desgaste a que o governo voluntariamente se submeteu ao
aprovar, na Assembleia Legislativa, um reajuste salarial para o funcionalismo
público que nem cobre o período legalmente previsto na data-base nem repõe a
inflação de 2014.
A oposição faz o discurso que se oferece: como o Partido dos
Trabalhadores rasga sua própria identidade e impõe esse prejuízo aos servidores
públicos? Sem considerar que os métodos de aferir a escalada dos preços padecem
de confiança e que há prognósticos depressivos sobre a carestia daqui pra
frente.
Afinal, na campanha eleitoral se cantou uma Bahia
estabilizada, progressista, solidária, e o que vemos é um tiroteio até entre as
mais altas figuras do enredo, perda de iniciativas que pesam na economia, como
fábricas que fecham e as que nem abrem, sem falar na apologia da violência
caracterizada no inesquecível massacre do Cabula.
Um enigma, claramente, se apresenta: o governo é de continuidade,
com o mesmo secretário da Fazenda, o mesmo secretário da Segurança Pública e,
até poucos dias, o mesmo secretário do Desenvolvimento Econômico. Não se
entende por que o governo atual vai, em tantas vertentes, contra o anterior –
para ficar apenas nos segmentos citados.
Por Escrito
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