Um dia após a Câmara liberar passagens aéreas para cônjuges
de deputados, as bancadas de PSDB, PPS e PSOL anunciaram nesta quinta-feira
(26) que abriram mão do benefício. Os três partidos de oposição criticaram a
decisão da mesa diretora da Casa aprovada nesta quarta (25). Segundo o líder do
PSOL, Chico Alencar (RJ), os parlamentares têm condições de bancar as passagens
dos cônjuges com o próprio salário. Para o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), a
medida aprovada pela Mesa Diretora não é “moralmente aceitável”.
“Não concordamos com isso, com o salário que ganha, o
deputado tem condição de bancar isso [passagem aérea para cônjuges]”, criticou
o líder do PSOL. “Os deputados do PPS não aceitam que o dinheiro público seja
usado para pagar passagens aéreas para cônjuges de parlamentares. Somos
solidários com o momento porque passa a população brasileira”, ressaltou o
líder do PPS. Líder da bancada do PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP)
classificou de “inaceitável” a Câmara bancar as passagens aéreas dos cônjuges de
parlamentares justamente no momento em que o governo elevou alguns tributos. “É
inaceitável que, num momento em que a sociedade é penalizada com o aumento de
impostos e alta nos preços, conceda-se esse privilégio aos parlamentares. É um
total desrespeito com os brasileiros, que já estão pagando o preço da
incompetência do governo Dilma e agora, terão de arcar com essa mordomia. É um
contrassenso.
O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em respeito aos
próprios cônjuges de seus parlamentares”, disse Sampaio por meio de nota.
Informações G1.com
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