terça-feira, 28 de março de 2017
Terceirização: conheça os argumentos de quem está a favor e quem está contra – Parte l
A Câmara dos Deputados
aprovou, no último dia 22, o texto-base do projeto de lei que autoriza
terceirizar o trabalho para qualquer tipo de atividade. A proposta havia sido
enviada em 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, mas sofreu
alterações no Senado e estava desde 2002 aguardando a análise final dos
deputados. Entre as principais reformas da proposta estão a alteração do tempo
de experiência dos trabalhadores de 90 para 180 dias e a possibilidade de
terceirizar qualquer atividade da
empresa, seja ela meio ou fim. Quer entender melhor a proposta? Conheça os
argumentos de quem está a favor e quem está contra o projeto:
A favor:
Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
"A Entidade considera a
terceirização uma realidade mundial e uma peça estratégica para a organização
produtiva das economias modernas. A falta de um regulamento para a contratação
de serviços terceirizados no Brasil, entretanto, tem gerado conflitos nas
relações do trabalho e insegurança jurídica para as empresas, fatores negativos
para o ambiente de negócios do País. A Federação observa que a terceirização
faz parte da organização produtiva das companhias há muito tempo e que a
atividade se intensificou com a abertura da economia e a maior inserção das
empresas brasileiras nas cadeias produtivas globais".
Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp)
"A medida vem
beneficiar mais de 12 milhões de trabalhadores brasileiros que já trabalham
terceirizados com carteira assinada.A terceirização é uma realidade, agora
reconhecida e regulada pela lei. Ao autorizar o trabalho terceirizado, o
projeto aprovado traz segurança jurídica às relações trabalhistas e poderá
evitar discussões judiciais. Além disso, poderá estimular contratações, dando
amparo legal a empregadores e trabalhadores". "A regulamentação deve
ser vista como uma nova oportunidade para geração e manutenção de empregos no
Brasil e a garantia de direitos de milhões de trabalhadores que já exercem sua
atividade nessa modalidade. Essa é mais uma vitória no caminho do Brasil que
queremos: moderno, competitivo e com ambiente de trabalho seguro", afirmou
Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
Federação Nacional dos
Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado
(Fenaserhtt)
" Foram mais de duas
décadas de lutas incessantes para vencer os inúmeros obstáculos que se
colocaram pelo caminho, mas conseguimos mostrar à Nação que este modelo
econômico é o ideal para o nosso mercado de trabalho, como já comprovado nos
países mais avançados. A aprovação do Projeto de Lei 4.302/1998 vem provar
também que o País caminha para a maturidade nas relações trabalhistas e outros
avanços virão com o Projeto de Lei 6.787/2016, de iniciativa do governo
federal. Teremos então maior segurança jurídica nos acordos coletivos entre
patrões e empregados, regulamentação do trabalho intermitente, entre outras
melhorias".
Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
A subcontratação na
construção, prática já considerada legal pela CLT, é adotada pelas empresas com
o devido respeito aos direitos trabalhistas. Desde 2005, as convenções
coletivas do setor no Estado de São Paulo, negociadas de comum acordo com as
entidades sindicais, estabelecem os deveres de contratantes e contratados, com
relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias dos trabalhadores. Na
indústria da construção, a subcontratação diminuiu a rotatividade. Por exemplo,
em vez de a construtora contratar um pintor por alguns meses e dispensá-lo
depois de concluído o serviço, esse profissional trabalha para uma empresa
especializada, que presta serviços para várias construtoras sucessivamente, e
assim ele permanece empregado".
Continua a seguir...
Terceirização: conheça os argumentos de quem está a favor e quem está contra – Parte ll
Contra:
Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
"A proposta,
induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o
rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como
regra a precarização nas relações laborais. O projeto agrava o quadro em que
hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados,
contra 35 milhões de contratados diretamente, números que podem ser invertidos
com a aprovação do texto hoje apreciado. Não se pode deixar de lembrar a
elevada taxa de rotatividade que acomete os profissionais terceirizados, que
trabalham em média 3 horas a mais que os empregados diretos, além de ficarem em
média 2,7 anos no emprego intermediado, enquanto os contratados permanentes
ficam em seus postos de trabalho, em média, por 5,8 anos".
Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST)
"A terceirização
conforme permite o PL 4302/98 também enfraquece a relação de trabalho e
desqualifica o trabalhador, o deixando exposto e sem apoio em caso de demissão
ou enfermidade. Pesquisas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos) apontam que oito em cada dez acidentes de trabalho
ocorrem com terceirizados. Ainda segundo o estudo, neste tipo de relação
trabalhista o funcionário recebe cerca de 25% menos e trabalha até três horas a
mais que celetistas. Por não ter a cobertura da CLT, cria-se ainda uma relação
empresa-empresa e o capital humano é desprezado – revivendo regras aplicadas no
século XIX, início da primeira revolução industrial. Em outras palavras, os
únicos beneficiados pela terceirização serão os empregadores, que obterão mais
lucros em detrimento do trabalhador".
União Geral dos
Trabalhadores (UGT)
"A terceirização
adequada, bem conformada, pode ser uma oportunidade de emprego, mas não é o
caso. O PL aprovado possibilita a terceirização, inclusive, da atividade-fim, o
que precariza assustadoramente as relações trabalhistas. O Governo erra, de
maneira abominável, se não olhar os dois lados da sociedade e se aperceber que
é a grande massa trabalhadora que movimenta o país, e que neste momento
encontra-se muito preocupada com mudanças que não os incluem".
Central Única dos
Trabalhadores (CUT)
"Rodrigo Maia,
pressionado pela CUT e outras centrais sindicais, havia se comprometido em 13
de março passado a suspender a votação do PL 4302 por pelo menos 30 dias, para
que o debate sobre a terceirização pudesse ser feito em toda a sua dimensão.
Num verdadeiro 'passa moleque', o presidente da Câmara não honra o compromisso
assumido com as centrais e submete a voto um PL que é, na prática, uma mini-reforma
trabalhista regressiva que permite a terceirização de todos os trabalhadores e
todas as trabalhadoras, atacando todos os seus direitos como férias, 13º
Salário, jornada de trabalho, garantias de convenções e acordos
coletivos".
O projeto de lei que permite
terceirizar o trabalho, apesar de já ter recebido aprovação na Câmara dos
Deputados, ainda precisa passar pela sanção do presidente Michel Temer para
passar a valer. Não há previsão de quando Temer deve assinar a proposta.
Fonte: Economia - iG
Enviado pelo Sinserg
Este é o rosto de um homem que viveu há 700 anos
Recentemente, um grupo de
estudiosos britânicos revelou que, por meio de tecnologia reconstrutiva, foi
possível recriar as feições de um homem morto há aproximadamente 700 anos.
O indivíduo — chamado de
Context 958 pelos cientistas — era um dos cerca de mil corpos que foram
encontrados sob a Old Divinity da Faculdade St. John em Cambridge, na
Inglaterra, entre 2010 e 2012. Na era medieval, lá funcionava o Hospital São
João Evangelista, que se dedicava a cuidar dos pobres e doentes da comunidade.
Segundo explica o
pesquisador John Robb, professor de Arqueologia na Universidade de Cambridge,
“a maioria dos registros históricos de que se tem notícia são sobre pessoas
ricas e suas transações financeiras e legais”. Por meio do estudo dos restos
mortais do homem encontrado, assim como da reconstrução de seus traços faciais
e do histórico biológico, os arqueólogos esperam compreender melhor como era a
vida de pessoas pobres anônimas na Inglaterra do século 13.
A partir da análise do que
restou de Context 958, os pesquisadores conseguiram descobrir alguns dados
interessantes: ele viveu mais de 40 anos — um tempo bom para a época — e tinha
problemas dentários e estrutura muscular bastante marcada, o que indica uso da
força no trabalho. Seus ossos mostram o perfil de um sobrevivente, pois há
pequenas e médias lesões que causaram dor e desgaste, mas não foram as
responsáveis por sua morte. Algo bastante curioso é que ele adotava uma dieta
relativamente rica em carnes ou peixes — fato um tanto quanto incomum para uma
pessoa pobre medieval —, então a equipe acredita que ele trocava ou trabalhava
com algo que lhe dava acesso a esses alimentos.
Robb explicou que as demais
ossadas encontradas também serão analisadas de perto nos próximos anos, assim
como as de outros cemitérios de Cambridge da mesma época. Dessa forma, ele e a
equipe esperam entender mais sobre as experiências e o cotidiano dos cidadãos
medievais.
Fonte: Mega Curiosos
Nota Oficial das Centrais Sindicais
São Paulo, 27 de março de
2017
Reunidos na tarde desta segunda-feira (27), na
sede nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, os
presidentes das centrais sindicais, dirigentes sindicais analisaram a grave
situação política, social e econômica que o país atravessa e decidiram que:
Dia 28 de abril: Vamos parar
o Brasil:
As centrais sindicais
conclamam seus sindicatos filiados para, no dia 28, convocar os trabalhadores a
paralisarem suas atividades, como alerta ao governo de que a sociedade e a
classe trabalhadora não aceitarão as propostas de reformas da Previdência,
Trabalhista e o projeto de Terceirização aprovado pela Câmara, que o governo
Temer quer impor ao País.
Em nossa opinião, trata-se
do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas
garantidos pela CLT.
Por isso, conclamamos todos,
neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o
Brasil.
São Paulo, 27 de março de
2017
Adilson Araújo
Presidente da CTB
Antonio Neto
Presidente da CSB
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central
Paulo Pereira da Silva
(Paulinho)
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT
Vagner Freitas
Presidente da CUT
Edson Carneiro (Índio)
Secretário Geral
Intersindical
Luiz Carlos Prates (Mancha)
Secretaria Nacional da
CSP-Conlutas
Ubiraci Dantas de Oliveira
(Bira)
Presidente da CGTB
segunda-feira, 27 de março de 2017
Atos pró-Lava Jato são marcados por baixa adesão neste domingo
Atos em favor da Operação
Lava Jato, convocados pelo movimento Vem Pra Rua, neste domingo (26), foram
marcados pela baixa adesão de manifestantes nas principais cidades do país.
No Rio de Janeiro, o
protesto que ocorreu na orla de Copacabana, na Zona Sul da cidade, terminou por
volta das 13h. Foram usados cinco carros de som espalhados ao longo de cinco
quarteirões.
Adriana Balthazar,
coordenadora do movimento no Rio, admite que o protesto foi menor do que outros
já organizados pelo Vem Pra Rua.
"Esses movimentos são
cíclicos. No ano passado, a pauta era uma, o impeachment, agora são várias,
então as pessoas ficam mais perdidas."
O protesto em frente ao
Congresso Nacional, em Brasília, contou com cerca de 500 pessoas, segundo a
Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Certamente a adesão não
correspondeu à expectativa dos organizadores, que pediram ao órgão um efetivo
capaz de atender a 100 mil pessoas.
O ato também critica o novo
projeto de terceirização, prega o fim do foro privilegiado dos votos em lista
fechada.
Em Belo Horizonte, o
protesto do Vem Pra Rua aconteceu na Praça da Liberdade, região centro-sul da
capital mineira. Os organizadores relatam que 3 mil pessoas participaram da
manifestação. A Polícia Militar (PM), no entanto, não divulgou ainda o número
de presentes.
A manifestação em São Paulo
começou por volta das 14h, na Avenida Paulista. Ainda não foi informado o
número oficial de participantes.
Bastidores do Poder
ACM Neto lamenta a morte de Eliana Kertész
O prefeito ACM Neto lamentou
neste domingo a morte da artista plástica e ex-vereadora Eliana Kertész. “Na
política, Eliana Kertész deu uma grande contribuição para o desenvolvimento de
Salvador e da Bahia e, nas artes, divulgou o nome de nossa cidade para diversos
países com suas obras e mostras”, afirmou o prefeito. Neto lembrou, ainda, que
um dos últimos trabalhos da artista foi feito no Carnaval deste ano. “A todos
os familiares de Eliana, em especial ao meu amigo Mário Kertész e aos filhos,
os meus sinceros sentimentos. Que Deus dê força a todos para superarem esta
profunda dor”.
Toda Bahia
Ciro diz que não será candidato se Lula for: 'Não tenho vontade'
Candidato à Presidência da
República em 1998 e 2002, Ciro Gomes (PDT-CE) volta a ter seu nome como um dos
possíveis candidatos às próximas eleições. Em entrevista divulgada nesta segunda-feita
(27), ele falou sobre a possibilidade, mas deixou claro que não será vice do
Lula, como também já foi cogitado. "Serei bastante categórico: não serei
vice de ninguém".
Ele, inclusive, chegou a
dizer que a eleição de Lula seria um desserviço para o país. "Temos longa
história de parcerias e diferenças. Votei nele em 1989 [no segundo turno], 2002
e 2006. Na Dilma em 2010 e 2014. Entretanto, acho que nesse momento a
candidatura do Lula desserve a ele e ao país. Na melhor das hipóteses, ganha e
projeta essa confrontação odienta que está rachando o país. Mas a probabilidade
de polarizar e perder é muito alta", considerou.
Ele também deixou claro que,
se o Lula for candidato, ele não entrará no páreo. "Não tenho a menor
vontade de ser candidato se o Lula for. Menos em homenagem a ele e mais porque
a tendência é ele polarizar o processo. E eu ficar falando de modelo
econômico... Vou ter um papel nobre, vou lá para meus 12%, 15% no mínimo, mas
daí dizer para o povo que acredito que vou ser presidente... Não consigo mentir
desse jeito".
Questionado pela Folha de S.
Paulo se, agora, seria a vez de o PT apoiá-lo, ele disse não acreditar, mas
defendeu a apresentação de uma nova liderança. "A natureza do PT, e é
legítimo isso, é ter candidato próprio. Talvez o ideal fosse apresentar uma
nova liderança".
Ciro Gomes também falou
sobre outros possíveis candidatos. Disse que, embora seja a única candidata que
apareça, nas últimas pesquisas, com chances de vencer o Lula, Mariana Silva não
tem visão administrativa. "Marina é uma boa pessoa. Mas não tem visão
administrativa. Hostiliza, no simbólico, o agronegócio, a mineração.
Evidentemente nada autoriza nenhum deles a nenhum tipo de abuso. Mas o descuido
da Marina com a vida real faz com que ela apresente, como sua única proposta
que conheço concreta, uma aberração, que é a independência do Banco
Central", afirmou.
Poder & Política
Justiça manda Alice Portugal pagar r$ 96 mil para empresa
Com uma dívida beirando aos
R$ 800 mil, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) perdeu num primeiro round
para uma empresa que prestou serviço a sua campanha à prefeitura de Salvador no
ano passado e até o momento está sem receber.
A juíza Itana Eça Menezes
determinou que a comunista pague R$ 96 mil a Impress Editora. A decisão ainda
cabe recurso.
A Impress Editora produziu
adesivos usados na campanha da deputada ao Thomé de Souza, em 2016.
O Bocão News tentou contato
com a deputada, mas ela está em evento comemorativo aos 95 anos do PCdoB. A
assessoria afirmou que encaminhará nota ao site explicando a decisão da juiza
da 7ª Vara Civel.
Após a publicação da
matéria, a assessoria da deputada enviou uma nota de esclarecimento. No texto,
alegam que houve proposta de acordo junto a Justiça Eleitoral com o credor, mas
esta fora negada.
Leia a nota na íntegra:
Trata-se de uma dívida de
campanha decorrente de serviços gráficos, assumida pelo PCdoB em um Termo de
Assunção protocolado na Justiça Eleitoral, durante o período de entrega da
prestação de contas.
Houve uma proposta de acordo
junto ao credor, mas foi rejeitada. Todos os demais credores, pessoas físicas e
jurídicas, assinaram os acordos propostos, que foram anexados à prestação de
contas.
A notificação da Justiça
será embargada dentro prazo legal, para que a juíza seja informada da tentativa
de acordo anterior, fato omitido pelo credor quando propôs a ação.
Fonte: Bocão News
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