Candidato à Presidência da
República em 1998 e 2002, Ciro Gomes (PDT-CE) volta a ter seu nome como um dos
possíveis candidatos às próximas eleições. Em entrevista divulgada nesta segunda-feita
(27), ele falou sobre a possibilidade, mas deixou claro que não será vice do
Lula, como também já foi cogitado. "Serei bastante categórico: não serei
vice de ninguém".
Ele, inclusive, chegou a
dizer que a eleição de Lula seria um desserviço para o país. "Temos longa
história de parcerias e diferenças. Votei nele em 1989 [no segundo turno], 2002
e 2006. Na Dilma em 2010 e 2014. Entretanto, acho que nesse momento a
candidatura do Lula desserve a ele e ao país. Na melhor das hipóteses, ganha e
projeta essa confrontação odienta que está rachando o país. Mas a probabilidade
de polarizar e perder é muito alta", considerou.
Ele também deixou claro que,
se o Lula for candidato, ele não entrará no páreo. "Não tenho a menor
vontade de ser candidato se o Lula for. Menos em homenagem a ele e mais porque
a tendência é ele polarizar o processo. E eu ficar falando de modelo
econômico... Vou ter um papel nobre, vou lá para meus 12%, 15% no mínimo, mas
daí dizer para o povo que acredito que vou ser presidente... Não consigo mentir
desse jeito".
Questionado pela Folha de S.
Paulo se, agora, seria a vez de o PT apoiá-lo, ele disse não acreditar, mas
defendeu a apresentação de uma nova liderança. "A natureza do PT, e é
legítimo isso, é ter candidato próprio. Talvez o ideal fosse apresentar uma
nova liderança".
Ciro Gomes também falou
sobre outros possíveis candidatos. Disse que, embora seja a única candidata que
apareça, nas últimas pesquisas, com chances de vencer o Lula, Mariana Silva não
tem visão administrativa. "Marina é uma boa pessoa. Mas não tem visão
administrativa. Hostiliza, no simbólico, o agronegócio, a mineração.
Evidentemente nada autoriza nenhum deles a nenhum tipo de abuso. Mas o descuido
da Marina com a vida real faz com que ela apresente, como sua única proposta
que conheço concreta, uma aberração, que é a independência do Banco
Central", afirmou.
Poder & Política
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