O
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) deste ano terá novidades. Os
testes de ciências da natureza e ciências humanas para estudantes do 9º ano e a
avaliação da alfabetização do 2º ano do ensino fundamental serão feitos
por amostragem. É a primeira vez que os testes de ciências são aplicados para
estudantes do 9° ano. Já a avaliação da alfabetização era aplicada de forma
censitária até 2016, ou seja, para todos estudantes do 3° ano, no período de
dois em dois anos, nos anos pares.
Com
a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017, e a previsão de
que os estudantes devem ser alfabetizados até o 2° ano, o governo decidiu
unificar essa avaliação com as demais, aplicadas nos anos ímpares. Para tanto,
optou por cancelar a avaliação prevista para 2018, e implementá-la em 2019 para
estudantes do 2º ano. No entanto, em vez de aplicar para todos estudantes, como
era feito até então, o Ministério da Educação optou por realizar testes por
amostragem.
As novidades foram apresentadas hoje (2) pelo ministro da
Educação, Abraham Weintraub, e as diretrizes foram publicadas no Diário Oficial da União.
“O que queremos [por meio do
Saeb] é saber se as crianças estão aprendendo no ritmo [adequado]. Por isso
faremos uma avaliação da alfabetização do 2° ano do ensino fundamental”, disse
o ministro, em entrevista coletiva..
“Temos que pegar [recuperar]
a criança que está ficando para trás e medir o que está acontecendo de certo e
de errado”, acrescentou.
Segundo Weintraub, o ideal
seria fazer a avaliação com todos os estudantes. “Se eu tivesse plenos poderes,
faria universal todos os anos”, disse, ao justificar a pesquisa pela
necessidade de o governo cortar gastos.
O
Saeb é formado por um conjunto de avaliações relativas à qualidade da educação
do país, que permitem ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) fazer diagnósticos sobre educação básica do país. A partir
das análises, busca-se identificar fatores que possam interferir no desempenho
do estudante, de modo a subsidiar políticas públicas para o setor. É por meio
das médias de desempenho do Saeb e de dados sobre aprovação obtidos no Censo
Escolar que se compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O
orçamento previsto para avaliar 7 milhões de crianças é de R$ 500 milhões. De
acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Elmer Coelho Vicenzi, “a melhoria da
educação básica “provoca melhoria imediata na saúde e na educação do país”.
As avaliações serão
aplicadas entre 21 de outubro e 1° de novembro em todas as unidades da
federação, por meio de questionários que serão enviados a secretarias estaduais
e municipais; diretores, professores e alunos das escolas; profissionais que
acompanham estudantes da educação especial.
Os resultados estarão
disponíveis até dezembro de 2020.
Fonte:
Agencia Brasil