Raquel
Dodge denunciou ao STF o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antonio
Palocci e a senadora Gleisi Hoffmann, além de seu marido Paulo Bernardo, pelos
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Também foi denunciado Leones Dall
Adnol, chefe de gabinete da petista.
A
denúncia foi feita a partir de delação da Odebrecht sobre a alocação para o PT
de US$ 40 milhões, em troca de decisões de interesse do grupo, como o aumento
da linha de crédito à exportação para Angola.
A medida foi viabilizada pela assinatura,
em junho de 2010, do Protocolo de Entendimento entre Brasil e Angola.
Posteriormente, o termo foi referendado pelo Conselho de
Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão que tinha Paulo
Bernardo entre os integrantes.
Na condição de exportadora de serviços,
a Odebrecht recebeu do governo angolano parte dos valores
conseguidos com financiamentos liberados pelo banco
estatal brasileiro. O país africano teve o limite de crédito
ampliado para R$ 1 bilhão, graças à interferência dos envolvidos.
Delações,
como a de Emílio Odebrecht, foram corroboradas com planilhas, e-mails e quebras
de sigilo telefônico dos investigados.
Bastidores
do Poder