Presidenciável
pelo PDT em 2018, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes disse que uma eventual
candidatura à Presidência da República do petista Luiz Inácio Lula da Silva não
seria boa para o Brasil, e detonou as pretensões do deputado federal Jair
Bolsonaro (PSC-RJ) e do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
Sobre
alianças, Gomes descartou formar uma chapa com o PT, que tem como
característica a "solidão no processo político-eleitoral, é um cacoete da
esquerda velha". "Não é provável que eu componha chapa com o PT,
menos por mim, mais porque o PT tem a natureza do escorpião, eles votam em si
próprio e não parecem sequer aprender com os erros que cometeram
recentemente".
Foi
então que Gomes entrou no tema Lula. E com o petista no pleito, o pedetista
afirmou que não gostaria nem de disputar, uma vez que a presença do
ex-presidente tende a estressar "o processo político eleitoral brasileiro
de um jeito tal, que os ódios e paixões vão dominar, nós não teremos um minuto
para discutir o futuro do país".
"Eu
respeito. Nem amo, nem odeio. O Lula, para mim, é um grande brasileiro, mas
nunca foi mito, nunca foi santo, ele não tem a faculdade da infalibilidade
papal", afirmou.
O
tom não foi tão generoso ao falar de outros possíveis adversários nas eleições
presidenciais de 2018. Mesmo já tendo recebido voto de Bolsonaro, Gomes
questionou as reais motivações por trás do interesse do deputado federal, que
"não experimentou governar o Rio, que está nesse caos de segurança, nesse
caos de corrupção".
"Quer
como primeira experiência executiva a presidência da República numa hora como
essa?", questionou. O tom subiu ainda mais ao falar de Doria, que
"não entrega nada e quer como primeira vivência a presidência da
República". "Reparem uma coisa, isso é suicídio coletivo",
completou.
O
pedetista avaliou que, "se tiver juízo", o PSDB deverá lançar o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como o seu candidato. "Seria uma
espécie de direita votável". Já a presença de Doria como o nome tucano
para o Palácio do Planalto foi classificada por Gomes como um erro, por se
tratar de um "farsante".
"Não
dura mais seis meses, não aguenta mais seis meses essa pseudo imagem de novo,
de gestor, de não sei o que, de gari, não sei o que tal. Isso tudo, daqui a
pouco, a turma na rua vai dizer a ele 'vai trabalhar, vagabundo'. Se fosse no
Ceará já tinha começado. Aqui em São Paulo é que a turma é mais tolerante,
aceita mais as coisas. Como é que pode o cara se eleger e passar o dia no
avião, viajando?", criticou.
Falando
sobre si, Gomes afirmou que quer ser candidato para "unir o povo
brasileiro e restaurar a confiança do nosso povo no futuro do país".
"Eu quero esse lugar na história para mim, para os meus filhos terem
orgulho disso e eu me preparei a vida inteira para isso. Meu amor, minha paixão
é o Brasil, enfim, eu quero ajudar o Brasil a sair dessa", disse.
O
maior adversário o pedetista também já elegeu. "A ignorância. Meu único
rival nessa eleição é a ignorância. E os seus intérpretes. A ignorância tem
seus intérpretes", finalizou.
As
afirmações foram feitas em entrevista à jornalista Mariana Godoy, da RedeTV!.