Os
faróis dos compradores especulativos globais mantiveram-se ligados em alta,
após divulgação do crescimento das moagens na Europa. O anúncio do incremento
de 2,1%, informado pela European Cocoa Association, junto com a expectativa de
crescimento também na Ásia e EUA, que serão apresentados nos dias 19 e 20/07,
respectivamente, provocaram mudanças de cenário para os mercados Londres e NY.
A reversão de viés na semana também foi puxada por resultados positivos que estão
sendo noticiados por grandes chocolateiros mundiais. Um deles divulgou
incremento de 5,5% em volume no trimestre.
Embora
os dados sejam motivadores, alguns países responsáveis por elevados índices de
consumo per capita, como a Alemanha, por exemplo, decresceram 2,9%. Muitas
especulações entre fatos e notícias chegaram da África, como a informação de
que Costa do Marfim teria comercializado 1 milhão de toneladas na semana
passada. Embora não haja confirmação oficial, comenta-se, nos bastidores, que
um bom volume já foi vendido. Porém, analistas garantem que ainda existe
bastante gordura para queimar. As fortes chuvas que inundaram plantações,
comprometendo parte da safra principal, se revertem, agora, como favoráveis
para próxima safra marfinense que inicia em outubro. Técnicos falam em uma
grande floração despontando.
Em
uma análise fria, as notícias de moagens vão prevalecer como principais
influenciadoras para movimentação das bolsas no curto prazo. Fundamentalmente,
a retomada do crescimento do consumo mundial ainda é irrelevante para reverter
as sobras de estoques de amêndoas que se encontram ao redor do mundo. Por aqui,
a queda do dólar frente ao real foi a bola da semana. Nem mesmo as confusões
políticas conseguiram segurar a queda da moeda americana. Segundo analistas, a
economia brasileira cresce e descola do cenário político. Seguramente, essa
tendência deverá permanecer. As perdas passaram de 2,15% na semana.
No
campo da Bahia, nada acontece ainda. O clima totalmente atípico, com chuvas
fortes, como se fosse verão, e frio intenso, como há muito tempo não se vê por
aqui, retardam o amadurecimento dos frutos da tão esperada safra temporã. De
acordo com analistas, embora ainda em atraso, os números poderão surpreender
positivamente. Além disso, fortes entradas estão sendo aguardadas no Pará.
Fala-se que 60% de toda safra paraense será colhida entre julho e setembro.
Bahia:
Os preços pagos ao produtor na semana oscilaram entre R$95,00 / R$103,00.
Que
venha uma nova semana cheia de excelentes notícias! (Enviada pelo nosso leitor
e amigo Amaral do Cacau)