Há três meses, o empresário
Bruno Ribeiro passou por uma experiência que mudou a sua vida e a de alguém que
não conhece: ele doou medula óssea. Bruno faz parte dos milhares de baianos
cadastrados na Fundação de Hematologia e Hemoterapia (Hemoba), que no ano
passado recebeu 27 mil novos voluntários. O número, 30% maior em relação ao de
2014, superou a meta nacional para os estados brasileiros, de 20 mil novos
doadores. Nos três primeiros meses de 2016, mais de cinco mil baianos se
integraram à rede de doadores. Como a possibilidade de compatibilidade é de uma
em cada grupo de 100 mil pessoas, quanto maior o banco de doadores, maior a
chance de se encontrar pacientes que necessitam de nova medula e de realização
do transplante.
Sensação gratificante: No
caso de Bruno, o período entre o cadastro, em 2011, e o chamado para conferir a
compatibilidade com o receptor foi de quase cinco anos. No tempo de espera,
todos os voluntários integram o Registro Nacional de Doadores Voluntários de
Medula Óssea (Redome), que localiza possíveis receptores em todo o País. Após
alguns meses de exames e espera, ele fez a doação.
“Todo esse processo vale a
pena. É muito gratificante e tudo começou de uma maneira tão simples, com o
cadastro. Penso que todas as pessoas deveriam procurar a Hemoba para fazer
isso, deixar um pouco o medo de lado e se informar mais. São só 5 mL de sangue,
e não dói muito”, ressalta Bruno.
De acordo com ele, “a
experiência vai ficar marcada na minha vida para sempre. Doar em vida é
incrível. A oportunidade de ter essa sensação é muito gratificante. Doei sem
saber quem era o receptor, e eu espero que a pessoa que recebeu [a medula]
também passe esse gesto adiante, de ajudar alguém sem olhar a quem”.
Cadastramento: Para se
cadastrar é bem simples. O voluntário precisa ter idade entre 18 e 55 anos e
comparecer à sede da Hemoba, na Avenida Vasco da Gama, ou aos postos móveis de
coleta. Na fundação é preenchida uma ficha com os dados pessoais e retirada uma
amostra de 5 a 10 mL de sangue.
Este ano, na Bahia, já foram
convocados 36 voluntários para verificar a compatibilidade com pacientes que
tenham linfoma e leucemia. Para essas pessoas, não só o cadastro é importante,
mas também a doação de sangue, como explica a diretora de Hemoterapia da
Fundação Hemoba, Iraildes Santana.
“Esses receptores, durante o
tratamento para receber o transplante, necessitam de acompanhamento hospitalar
e de transfusão de sangue. Por isso eu deixo o meu convite, aos que desejam
[doar] e aos que já são doadores de medula óssea, para se tornarem também
doadores de sangue porque essa é mais uma forma de ajudar a quem precisa de
transplante”.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo
da Bahia