Administrar a maior cidade
do país, ser colega de partido e ter sido ministro de seu governo. Nada disso
basta para ser atendido ao telefone por Dilma Rousseff. O prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad, tenta, em vão, um contato com a presidente há mais de
90 dias.
A postura de Dilma diante do
prefeito é citada no PT como exemplo da sua dificuldade para o diálogo
político. De acordo com um aliado do prefeito, nas últimas semanas, Haddad, cansado
das negativas de Dilma, até desistiu de ligar para o Planalto.
Em entrevista ao programa
“Diálogos”, do jornalista Mario Sérgio Conti, na GloboNews, o prefeito
reconheceu o problema para falar com a presidente, mas evitou mostrar
contrariedade.
— Neste momento, é
compreensível (não ser atendido) — disse o prefeito, na semana passada, se
referindo ao processo de impeachment na Câmara.
Haddad foi ministro da
Educação de Dilma no primeiro ano de seu mandato, em 2011. Antes, os dois
haviam sido colegas no ministério do ex-presidente Lula.
Ao ser eleito prefeito de
São Paulo, Haddad conseguiu que Dilma se comprometesse a investir R$ 8 bilhões
na cidade por meio de obras do PAC. Mas a dificuldade para liberação dos
recursos por causa da crise econômica gerou um cobrança pública por parte do
prefeito e estremeceu a relação.
Poder & Política
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