O município de Gandu está
vivendo um momento atípico na política. Era de costume na câmara municipal, ver
duas bancadas de vereadores, uma que dava sustentação ao governo e, outra que fazia
oposição seguindo as diretrizes do principal oposicionista. Quem não se lembra
da postura arrojada e destemida de José Antônio Santana (Reizinho) e de Gil
Marcelo (Bagatine), durante o governo de Zebrão; ou um pouco lá atrás, podemos
nos recordar do saudoso Gideon Andrade, com seu posicionamento firme contra o
sistema. Em uma história, mas recente, nos recordamos das atitudes radicais do
vereador Emetério Palma em suas investidas contra o ex-prefeito Neco, onde era
contra a tudo que acontecia no município, apenas para não admitir que algo de
bom estava a acontecer, chegando até mesmo a agredir verbalmente o gestor e o
denunciado nos tribunais em todas as estancias. Além dos seus radicais
pronunciamentos, o parlamentar juntamente com os colegas Uziel Barreto e
Ayonara Castro distribuía mensalmente, um informativo patrocinado pelos
opositores da época. Ou mesmo na gestão da ex-prefeita Irismá Silva (PCdoB), onde a maioria na casa legislativa, fazia oposição ao seu governo, inclusive a tornando, inelegível.
No entanto hoje, o prefeito
Ivo Peixoto (PCdoB), que gastou muito dinheiro público para ter a maioria na
composição da câmara, não aceita e inverte nos bastidores contra os cinco
vereadores que atualmente não lê em sua cartilha e, que por sinal, também não
segue as diretrizes políticas do seu principal opositor, que inegavelmente é o
ex-prefeito Neco Kanguçu (PP). Pela primeira vez na história de Gandu, o parlamentar
que tenta exercer uma das mais importantes prerrogativas, que é a de fiscalizar
o erário público, é execrado pelo governo e seus súditos. Para a “corte
comunista”, vereador bom, é aquele que usa a tribuna do parlamento apenas para
parabenizar a gestão, até mesmo por uma simples troca de lâmpada. Mas acha
normal se pagar mensalmente 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), mensais a
Plena Propaganda e Marketing.
Desta forma, políticos que
há pouco tempo, defendia o direito a uma administração participativa, não
aceita que nem mesmo aqueles que forram eleitos para desenvolver o papel de
fiscal, possam ter acesso informações das ações do poder público.