Pela sétima vez seguida, o
Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor apresentou alta, ao
atingir 2,4% em maio em relação a abril. Comparado a igual mês de 2013, houve
ligeira elevação de 0,3%, no primeiro crescimento interanual. Mas, de janeiro a
maio, o quadro ainda é queda, com variação de 1,9%. Em nota, os economistas da
Serasa Experian apontam que a trajetória de elevação na comparação mensal
decorre de fatores como o “aumento do custo das dívidas pelas sucessivas
elevações das taxas de juros, a manutenção da inflação em patamar elevado, oscilando
ao redor do limite superior da margem de tolerância para a meta de inflação e o
enfraquecimento da atividade econômica”.
A inadimplência média foi
puxada, principalmente, pelas dívidas não bancárias (cartões de crédito,
financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e
fornecimento de energia elétrica, água etc.) com crescimento nos atrasos acima
de 90 dias de 2%, e pelas dívidas com os bancos, cujos atrasos aumentaram 1,9%.
O valor médio das dívidas não bancárias, no entanto, caíram 2,2%, nos primeiros
cinco meses do ano sobre igual período do ano passado (de R$ 324,57 para R$
317,41). Ocorreu redução ainda mais expressiva, de -8,4% nos débitos com os
bancos (de R$ 1.377,50 para R$ 1.262,13).
No mesmo período, os cheques
sem fundos cresceram 7,7%, mas a sua contribuição no cálculo da inadimplência
foi menor, com 0,6 ponto percentual ante 0,9. O valor, porém, aumentou 3,7% (de
R$ 1.614,43 para R$ 1.674,05). Em relação aos títulos protestados, os atrasos
tiveram ligeira alta (0,7%) e o valor médio ficou 4,8% acima do registrado em
abril (de R$ 1.374,53 para R$ 1.440,39). De acordo com a Serasa Experian, nesse
último caso, o efeito sobre o resultado geral foi praticamente nulo.
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