A dupla que
matou oito pessoas em Suzano (Grande SP) planejava o ataque há cerca de um ano
e meio. A informação foi confirmada em sigilo por uma fonte policial que
acompanha o caso. Segundo o policial, Luiz Henrique de Castro,
25, e Guilherme Taucci Monteiro, 17, conversaram sobre o ataque por meio de
mensagens de texto. O teor das conversas não foi informado.
Uma
das linhas de investigação da Polícia Civil é a de que o tio de Guilherme tenha
descoberto o plano da dupla e, por isso, os criminosos teriam feito uma
"queima de arquivo".
Outras linhas de investigação não foram esboçadas. A
polícia acrescentou que as armas usadas no crime foram compradas por Monteiro,
com o dinheiro que recebeu de um carrinho de cachorro-quente onde trabalhava. O
valor das compras e onde foram feitas é verificado pela polícia.
Já o
carro usado pela dupla, um Onyx branco, foi alugado por Castro, segundo nota da
Localiza, em 21 de fevereiro, com devolução para o dia 15 deste mês. A polícia
também divulgou dois cadernos escolares apreendidos no carro usado pela dupla,
nos quais há desenhos. O material será analisado por investigadores.
Uma
escola pública tradicional na Grande São Paulo, a escola estadual Raul Brasil,
em Suzano, foi palco de um massacre no estilo dos ocorridos nos Estados Unidos.
Luiz Henrique de Castro, 25, e Guilherme Taucci Monteiro, 17
planejaram e executaram o assassinato de ex-colegas e funcionários da Raul
Brasil usando um revólver, carregadores, uma arma medieval e uma machadinha. Antes,
haviam matado o tio do adolescente. Morreram os estudantes Kaio Lucas
da Costa Limeira, Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira,
Samuel Melquiades Silva de Oliveira e
Douglas Murilo Celestino, e as funcionárias Marilena
Ferreira Umezu e Eliana de Oliveira Xavier.
O
crime ocorre em meio ao debate sobre posse de armas e chama a atenção pelo
longo planejamento e por ter sido cometido em dupla. O
presidente Jair Bolsonaro lamentou o atentado seis horas após o
ocorrido.
Carta
Capital
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