O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta
quarta-feira (28/11) que escolheu o servidor Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto
para comandar o novo Ministério do Desenvolvimento Regional, o deputado federal
Osmar Terra (MDB) para chefiar a pasta de Cidadania e Ação Social e o deputado
federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL) para assumir Turismo.
Servidor
efetivo do Ministério do Planejamento, Canuto é atualmente o
secretário-executivo da pasta da Integração Regional. Ele é formado em engenharia
da computação e direito e já atuou na Secretaria Geral da Presidência da
República, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e na Secretaria de
Aviação Civil.
Canuto
comandará o novo Ministério do Desenvolvimento Regional, que abrigará as pastas
de Cidades e da Integração Regional. O servidor, que não tem filiação
partidária, deverá administrar o programa habitacional Minha Casa Minha Vida,
além de ações voltadas a combater a seca e obras de infraestrutura hídrica.
Além de Canuto, a assessoria de transição anunciou que
Osmar Terra, ex-ministro do governo Michel Temer, assumirá o novo Ministério da
Cidadania e Ação Social. Médico, Terra é deputado federal pelo MDB desde 2001.
Ele já foi prefeito de Santa Rosa (RS) e secretário de Saúde do Rio Grande do
Sul.
Em
maio de 2016, Terra foi indicado por Temer para assumir o Ministério de
Desenvolvimento Social, o qual chefiou até abril, quando foi exonerado para
disputar a reeleição na Câmara dos Deputados. Na pasta, ele promoveu um
pente-fino no Bolsa Família, nas aposentadorias por invalidez e em auxílios
doenças pagos pelo INSS.
O
futuro Ministério da Cidadania e Ação Social englobará as pastas de
Desenvolvimento Social, Esportes, Cultura e parte da Secretaria Nacional de
Políticas sobre Drogas (Senad).
Terra
poderá ser um dos ministros que trará dor de cabeça a Bolsonaro. O deputado
apareceu na superplanilha da Odebrecht, que indicaria propinas pagas a
políticos. Ele teria recebido 200 mil reais da empreiteira. Terra alega que
declarou o valor à Justiça Eleitoral.
Já
o deputado do PSL Marcelo Álvaro Antônio foi o indicado para o Ministério do
Turismo. Integrante da frente parlamentar evangélica, ele foi o candidato mais
votado em Minas Gerais, reeleito para o segundo mandato neste ano. Antes de ser
deputado, Antônio foi vereador de Belo Horizonte.
Antônio
é o segundo filiado do PSL escolhido por Bolsonaro para integrar seu governo. O
primeiro foi Gustavo Bebianno, um dos principais aliados do presidente eleito,
que assumirá a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Canuto,
Terra e Antônio são os 17º, 18º e 19º ministros anunciados por Bolsonaro, que
na campanha prometeu reduzir de 29 para 15 o número de ministérios. Ao longo da
transição, porém, o presidente eleito voltou atrás e afirmou que deve manter
até 20 pastas.
Bastidores do Poder
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