Considerando
a batalha jurídica para evitar a inelegibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva
virtualmente perdida, o PT agora torce para que a decisão sobre o caso ocorra
no máximo até abril.
Mesmo
com a significativa piora da situação política de Lula após o depoimento
arrasador de Antonio Palocci à Justiça, a lógica petista é a de insistir
publicamente na candidatura do ex-presidente ao Planalto em 2018.
Enquanto
isso, o partido prepara o caminho para um outro nome -hoje, o mais cotado é
Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.
Lula foi condenado pelo juiz Sergio
Moro na primeira instância da Justiça Federal por corrupção e lavagem de
dinheiro, no processo referente ao tríplex do Guarujá.
O
caso será agora julgado em segunda instância pelo TRF (Tribunal Regional Federal)
de Porto Alegre e, se confirmada a sentença, Lula se torna ficha suja por ter
sido condenado por colegiado -e, se a pena não for alterada, poderá ir para a
cadeia.
Segundo
advogados do petista, o andamento processual até aqui permite prever um julgamento
entre meados de março e começo de abril.
O
"timing", para o PT, seria suficiente para estruturar a campanha de
Haddad -ou, como sugerem alguns petistas, de outro moderado mais experiente e
não paulista, como Jaques Wagner (BA).
O
novo candidato seria ungido por um Lula condenado, amparado no discurso de que
o líder é vítima de perseguição política que ainda ressoa entre eleitores do
partido.
Reservadamente,
segundo a reportagem apurou, líderes petistas temem que o julgamento ocorra
mais perto da convenção que irá definir a candidatura, no fim de julho.
Assim,
ficaria mais difícil a nacionalização do novo nome. A meta é menos a vitória e
mais a competitividade que mantenha o partido em evidência no cenário político.
Até
lá, de todo modo, Lula permanecerá no palanque em campanha antecipada -segundo
a legislação eleitoral, a campanha só pode começar em 16 de agosto.
Continua a seguir...
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