No Centro Oeste, o bom
momento da agricultura não impediu que a ocupação recuasse 0,1% no período.
Apesar do impacto positivo importante da supersafra na economia neste primeiro
trimestre, o emprego no setor agrícola representa apenas 10% do total, ressalta
Duca.
O Sudeste concentra 3,5
milhões dos 14,2 milhões de desempregados do país. A queda no total de ocupados
nos primeiros três meses de 2017, entretanto, foi a menor em cinco trimestres,
de 0,5%. Assim como nas demais regiões, o Sul experimentou aumento expressivo
do desemprego, que saltou de 4,4% no primeiro trimestre de 2014 para 9,3% no
mesmo período deste ano. A taxa, porém, continua sendo a menor do país.
Ajudado pela desaceleração
da inflação, o rendimento médio real cresceu em todas as regiões. Subiu 4% no
Nordeste, depois de recuar 3% na média em 2016, e 4,4% no Sul, após queda
semelhante no ano passado. O comportamento mais benigno dos índices de preços
aumenta o poder de compra dos salários, mas não necessariamente é boa notícia
para o varejo. Com a queda forte no nível de emprego, a massa de rendimentos
ainda encolhe no Nordeste e Norte, mantém-se relativamente estável no Sudeste e
avança apenas no Centro Oeste e no Sul.
Os dados apresentados ontem
pelo IBGE mostram ainda que o nível de subutilização da força de trabalho no
país cresceu no primeiro trimestre. Na comparação com os últimos três meses de
2016, a taxa que soma o número de desempregados àqueles que trabalhavam menos
horas do que gostariam ou que poderiam trabalhar, mas não estão no mercado
avançou de 22,2% para 24,1%.
Ainda, uma em cada cinco
desempregados procurava recolocação há pelo menos dois anos - 2,9 milhões,
20,4% do total. "Quando você tem uma crise que dura muito tempo, como essa
que atravessamos, o tempo de permanência nessa fila acaba aumentando", diz
o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Ascom Força Sindical
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