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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Desemprego é maior no Nordeste, mas perda de vagas é generalizada – Parte ll



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No Centro Oeste, o bom momento da agricultura não impediu que a ocupação recuasse 0,1% no período. Apesar do impacto positivo importante da supersafra na economia neste primeiro trimestre, o emprego no setor agrícola representa apenas 10% do total, ressalta Duca.
O Sudeste concentra 3,5 milhões dos 14,2 milhões de desempregados do país. A queda no total de ocupados nos primeiros três meses de 2017, entretanto, foi a menor em cinco trimestres, de 0,5%. Assim como nas demais regiões, o Sul experimentou aumento expressivo do desemprego, que saltou de 4,4% no primeiro trimestre de 2014 para 9,3% no mesmo período deste ano. A taxa, porém, continua sendo a menor do país.

Ajudado pela desaceleração da inflação, o rendimento médio real cresceu em todas as regiões. Subiu 4% no Nordeste, depois de recuar 3% na média em 2016, e 4,4% no Sul, após queda semelhante no ano passado. O comportamento mais benigno dos índices de preços aumenta o poder de compra dos salários, mas não necessariamente é boa notícia para o varejo. Com a queda forte no nível de emprego, a massa de rendimentos ainda encolhe no Nordeste e Norte, mantém-se relativamente estável no Sudeste e avança apenas no Centro Oeste e no Sul.

Os dados apresentados ontem pelo IBGE mostram ainda que o nível de subutilização da força de trabalho no país cresceu no primeiro trimestre. Na comparação com os últimos três meses de 2016, a taxa que soma o número de desempregados àqueles que trabalhavam menos horas do que gostariam ou que poderiam trabalhar, mas não estão no mercado avançou de 22,2% para 24,1%.

Ainda, uma em cada cinco desempregados procurava recolocação há pelo menos dois anos - 2,9 milhões, 20,4% do total. "Quando você tem uma crise que dura muito tempo, como essa que atravessamos, o tempo de permanência nessa fila acaba aumentando", diz o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Ascom Força Sindical

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