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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Setor da construção deve voltar ao equilíbrio em junho



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O setor da construção teve um resultado dramático em 2016: foram fechados novecentos mil postos de trabalho no Brasil. O sindicalista Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP (construção civil) e deputado estadual pelo PSDB, comenta este fato e fala sobre suas expectativas para 2017.
Força Sindical – A construção perdeu muitos empregos no ano passado?
Antonio de Sousa Ramalho – Ao analisarmos o período dos últimos 26 meses, podemos fazer a seguinte conta: tínhamos três milhões e 620 mil trabalhadores, e, no final de 2016, chegamos a dois milhões e 720 mil trabalhadores. Ou seja, quase um milhão de postos de trabalho perdidos. O prejuízo foi grande se considerarmos que um emprego direito gera 2,2 empregos indiretos. Investimentos da ordem de R$ 1 bilhão gerariam cinquenta mil empregos e poderia tirar o setor do atoleiro do desemprego em que se encontra. No setor da construção, são 187 indústrias que geram emprego.
Força Sindical – Qual a sua expectativa para 2017?
Ramalho – Entendo que a situação deve começar a se equilibrar a partir de junho, mas o crescimento do emprego se dará, de forma mais substancial,  a partir de 2019. Até abril próximo os empresários estarão de olho na política para decidir se vão realizar investimentos. A retomada da economia dependerá da solução da crise política.
Força Sindical – O governo adotou medidas para estimular o setor da construção, não foi?
Ramalho – Sim, algumas medidas, como a liberação de crédito para os que recebem entre cinco a dez salários mínimos e vão adquirir imóveis do programa Minha casa, Minha Vida e empréstimos de até cinco mil reais para a compra de materiais de construção. Este crédito destina-se a pessoas que estão empregadas. Os resultados destas medidas levam um tempo para aparecerem, e acredito que virão a partir de junho. Estas medidas para os pequenos estimulam os grandes a investir e começar a movimentar a economia. Quem ainda está engessada é a classe média.



Ascom Força Sindical

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