Nesses dias quentes que se
seguem à votação do impeachment na Câmara dos Deputados e nos separam, sem
dúvida, do fim do governo Dilma Rousseff para o início do governo Michel Temer,
pesa na sociedade – e, naturalmente, dentro da Força Sindical a preocupação
com os rumos da economia e das políticas sociais. Tenho manifestado, em textos
publicados na mídia, em debates os mais diversos e em conversas no dia-a-dia
com companheiros minha preocupação sobre o futuro. “Independentemente de quem
ocupe a Presidência da República nos próximos meses, o foco do movimento
sindical deve ser a luta pela manutenção de políticas como a da valorização do
salário mínimo”, registrei, antes da decisão da Câmara, em artigo que foi
reproduzido em sítios de internet e grupos de discussão.
Com total consciência da
gravidade da situação que enfrentamos, me vejo no dever de me dirigir, agora,
particularmente aos filiados e dirigentes da nossa Força Sindical. É recorrente,
em momentos de crise política como este, a emergência de rumores de que este ou
aquele sindicato, por não concordarem com a opinião política de alguns de
nossos dirigentes, abandonarão nossa Central, criada com muita luta e união. O
que acontece agora já aconteceu antes.
Todos sabem minha posição
política em defesa da continuidade do governo da Dilma Rousseff. Não é segredo
para ninguém minha participação em atos em defesa do governo que ela ainda
representa.
Em primeiro lugar, afirmo
que, mesmo em posição política oposta a muitos dos dirigentes da Força, a
começar pelo presidente Paulinho, jamais, em momento algum, sofri censuras,
pressões ou represálias por manifestar minha posição dentro da central. Mais do
que isso, minha convivência com esses companheiros que defendem posições
políticas diferentes, por vezes contrárias à minha, é e sempre foi
perfeitamente harmoniosa e proveitosa. Isso se chama prática de democracia
interna, e é isso que, nos mais diferentes níveis de decisão e discussão, da base
ao comando, a Força pratica.
Continua a seguir...
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