Mudanças na composição do
plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são as apostas do Palácio do
Planalto e do PT para arrastar a análise dos processos de cassação da
presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, e beneficiá-los no
julgamento.
Segundo informou a
"Folha de S. Paulo", a primeira dança das cadeiras esperada é a saída
do atual presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ), Dias
Toffoli. A outra é uma possível mudança na relatoria do principal pedido de
perda de mandato, o que prolongaria a conclusão do caso.
Dias Toffoli deixará o
comando da Justiça Eleitoral no dia 13 de maio, e o TSE no fim do mês, quando
será substituído pela ministra do STF Rosa Weber, considerada mais técnica e
menos afeita a "paixões partidárias", nas palavras de auxiliares da
presidente. No TSE, espera-se que os petistas tentem empurrar a votação de
processos ao menos até essa troca. A estratégia seria pedir depoimentos e diligências,
atrasando com isso a conclusão das ações.
Dilma e Temer são alvos de
quatro processos que podem levá-los à perda de mandato. A oposição os acusa de
abuso de poder econômico e político e aponta suspeitas de que a campanha da
reeleição tenha usado recursos desviados da Petrobras.
Nos bastidores, de acordo
com a "Folha", membros do governo reclamam de que Toffoli teria se
afastado do Planalto e de que ele faz dobradinha com o colega Gilmar Mendes,
que é um dos principais críticos das gestões petistas e assumirá a presidência
da Justiça Eleitoral neste ano.
Poder & Política
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