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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Graviola – A fruta dos diabéticos




Graviola é uma planta originária das Antilhas, onde se encontra em estado silvestre. É conhecida em quase todo o nosso país, embora seja mais comum nas regiões quentes e úmidas; na Amazônia, ela nasce de forma espontânea, sendo cultivada principalmente nos estados do Nordeste. É cultivada também no México e na Flórida (USA). Encontra-se na Índia e África tropical.
Existem relatos antigos do uso desta planta com fins medicinais, pelos índios dos Andes e da Amazônia. Para problemas respiratórios na forma de chá e para verminose as sementes esmagadas eram deglutidas. Hoje, suas propriedades terapêuticas são reconhecidas, sendo a principal hipotensora, devido a sua ação diurética, mas existem muitas outras, como antiinflamatória, antireumática, antiespasmódica e antitussígena. Doutor Flávio Rotman em seu livro “A cura popular pela comida”, se refere como um efeito exótico da graviola, o hipoglicemiante, mas outros autores citam esta indicação sem nenhuma estranheza.
O sabor da graviola para alguns, é muito adocicado, mas outros a apreciam dizendo que traz um sabor especial a salada de frutas. No entanto, é simplesmente deliciosa sobre a forma de refrescos e sorvetes. Recomenda-se que seja  consumida quando bem madura. O suco tem efeito medicinal destacado nos estados febris e também em caso de diarréia, devido ao alto teor de vitamina C encontrado nos frutos. No caso de bronquites e tosses resistentes, o chá por decocção das flores e brotos é o mais indicado.
Em 1997 surgiu na imprensa mundial a notícia de que médicos americanos estariam usando o chá de folhas da graviola associado ao tratamento quimioterápico, com a finalidade de aumentar o efeito desta terapia, admitindo que o chá agia diminuindo a resistência das células cancerosas às drogas. Embora esteja sendo divulgado, ainda não houve comprovação científica desta ação, devido à dificuldade encontrada de isolar um princípio ativo da planta que repetisse o mesmo efeito esperado em animais doentes, sendo assim impossível sintetizá-lo quimicamente. Na literatura de fitoterapia existem trabalhos com graviola desde 1976, nos quais já foram isolados mais de quatorze compostos denominados annonácios, mas quando utilizados isoladamente não reproduzem o efeito esperado que é a atividade anticancerígena.


Texto do Jornal Corpo Mente - Feira de Santana – BA

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