Graviola é uma planta
originária das Antilhas, onde se encontra em estado silvestre. É conhecida em
quase todo o nosso país, embora seja mais comum nas regiões quentes e úmidas;
na Amazônia, ela nasce de forma espontânea, sendo cultivada principalmente nos
estados do Nordeste. É cultivada também no México e na Flórida (USA).
Encontra-se na Índia e África tropical.
Existem relatos antigos do
uso desta planta com fins medicinais, pelos índios dos Andes e da Amazônia.
Para problemas respiratórios na forma de chá e para verminose as sementes
esmagadas eram deglutidas. Hoje, suas propriedades terapêuticas são
reconhecidas, sendo a principal hipotensora, devido a sua ação diurética, mas
existem muitas outras, como antiinflamatória, antireumática, antiespasmódica e
antitussígena. Doutor Flávio Rotman em seu livro “A cura popular pela comida”,
se refere como um efeito exótico da graviola, o hipoglicemiante, mas outros
autores citam esta indicação sem nenhuma estranheza.
O sabor da graviola para
alguns, é muito adocicado, mas outros a apreciam dizendo que traz um sabor
especial a salada de frutas. No entanto, é simplesmente deliciosa sobre a forma
de refrescos e sorvetes. Recomenda-se que seja
consumida quando bem madura. O suco tem efeito medicinal destacado nos
estados febris e também em caso de diarréia, devido ao alto teor de vitamina C
encontrado nos frutos. No caso de bronquites e tosses resistentes, o chá por
decocção das flores e brotos é o mais indicado.
Em 1997 surgiu na imprensa
mundial a notícia de que médicos americanos estariam usando o chá de folhas da
graviola associado ao tratamento quimioterápico, com a finalidade de aumentar o
efeito desta terapia, admitindo que o chá agia diminuindo a resistência das células
cancerosas às drogas. Embora esteja sendo divulgado, ainda não houve
comprovação científica desta ação, devido à dificuldade encontrada de isolar um
princípio ativo da planta que repetisse o mesmo efeito esperado em animais
doentes, sendo assim impossível sintetizá-lo quimicamente. Na literatura de
fitoterapia existem trabalhos com graviola desde 1976, nos quais já foram
isolados mais de quatorze compostos denominados annonácios, mas quando
utilizados isoladamente não reproduzem o efeito esperado que é a atividade
anticancerígena.
Texto do Jornal Corpo Mente
- Feira de Santana – BA
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