Na área matemática, 67,1% dos
alunos brasileiros estão abaixo do nível 2 (os níveis são de 1 a 6). Os últimos
patamares são alcançados apenas por 0,8% dos estudantes brasileiros. No
ranking, o país fica em 58º lugar, somando 391 pontos na escala do PISA, contra
uma média de 494 pontos obtidos por estudantes que vivem em países-membros da
OCDE, entidade composta por 34 nações.
Parte dos resultados ainda
muito negativos do Brasil se deve à maior inclusão de estudantes no sistema
educacional ao longo dos últimos 15 anos, de acordo com Alfonso Echazarra,
analista da Direção de Educação da OCDE. Entre 2003 e 2012, o índice de
escolarização passou de 65% para 78%.
Como a inclusão se dá
incorporando alunos que estão na base da pirâmide social, em classes mais
desfavorecidas, seus primeiros anos de educação são mais problemáticos, pois
eles costumam frequentar escolas com menos recursos, como as de regiões rurais.
Nesse cenário, a redução do número de estudantes com problemas em matemática,
leitura e ciências é um sinal positivo que pode ser comemorado.
"O Brasil é um claro
exemplo de que o investimento em educação leva a melhores resultados, o que nem
sempre é o caso em outros países", explica Echazarra.
Recomendações - Em termos
mundiais, entre os 12,9 milhões de alunos com desempenho baixo, 11,5 milhões
têm problemas em matemática, 8,5 milhões leem com dificuldades e 9 milhões têm
lacunas no aprendizado de ciências.
Para romper o ciclo de baixo
nível educacional, a OCDE recomenda que os governos identifiquem os estudantes
com baixa performance e lhes ofereçam estratégias para a recuperação.
Entre as propostas da
entidade, a maior parte tem caráter estrutural: reduzir a desigualdade no
acesso à educação, estimular a inscrição escolar o mais cedo possível, envolver
os pais na comunidade escolar e fornecer programas de auxílio financeiro às
instituições de ensino e às famílias carentes.
Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário