A economia brasileira
encolheu 1,41% no terceiro trimestre, informou nesta quarta-feira o Banco
Central (BC). O resultado foi pior que o esperado pelos economistas do mercado financeiro,
que previam queda de 1% do Índice de Atividade Econômica da autoridade
monetária (IBC-Br). Em setembro, o IBC-Br revelou uma queda da economia de
0,5%. O número veio em linha com o que esperavam os analistas do mercado
financeiro. A projeção era baseada nos dados recentes da atividade econômica.
O IBGE divulgou que o
faturamento do setor de serviços teve a maior queda em 13 anos, quando o
instituto começou a registrar os dados. Só em setembro, a baixa foi de 4,8% em
relação ao mesmo mês do ano passado. As pessoas evitam despesas com serviços –
como salão de beleza, por exemplo – por causa da alta do desemprego e da renda
corroída pela inflação. O setor que sofre há mais tempo com a crise, a
indústria, também continua em queda. A produção encolheu 1,3% em setembro
frente a agosto. Foi o quarto mês seguido de queda. No ano, o setor industrial
encolheu nada menos que 7,4%.
Com menos dinheiro no bolso
e o crédito mais apertado, as famílias consomem menos. Isso tem reflexos
imediato no setor de comércio, que sente a crise. As vendas caíram 3% no
terceiro trimestre. Só em setembro, o varejo teve uma queda de faturamento de
nada menos que 6,2%. No ano, a queda do IBC-Br é de 3,37%. Nos últimos 12
meses, é um pouco menor: 2,73%. A expectativa do mercado financeiro é que a
economia brasileira registre uma retração de 3,10% no ano.
O IBC-Br foi criado pelo BC
para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para
orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária
(Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado
pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Br quanto o PIB são
indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.
O indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons
indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária
e serviços).
Já o PIB é calculado pelo
IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da
produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos
impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das
famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e
importações.
Ascom Força Sindical
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