Demógrafo e professor da
Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, José Eustaquio Alves destaca
que, nos países desenvolvidos, a “onda jovem” já passou. Agora, é a vez do
“tsunami grisalho” — avalia.
A fecundidade caiu, mas há
cada vez mais pessoas no topo da pirâmide etária. A maioria da população vivia
no meio rural, e os filhos eram responsáveis pelos pais na velhice. Desta vez,
todos estão nas cidades, a mulher corre atrás de sua autonomia no mercado de
trabalho e de seu próprio seguro social.
Para Jaime Nadal Roig,
representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, o
envelhecimento da população já provoca transformações no mercado — cada vez
mais pessoas adiam a aposentadoria e tentam evitar sua dependência de pensões
governamentais. As resoluções familiares, porém, não eximem o poder público de
criar e adaptar políticas para assistência aos idosos. Os governos precisam
investir em reformas de diversos setores, como o da previdência social e o de
saúde, além de adequar políticas de transferência de renda, para que elas
privilegiem os idosos da mesma forma como atendem às crianças.
Segundo o documento, a
população brasileira encolherá durante o século. Hoje, é de 207 milhões de pessoas.
Por volta de 2050, atingirá o pico, com cerca de 228 milhões de habitantes. Em
2050, será de 200 milhões. O país, que atualmente é o quinto mais populoso do
planeta, passará a sétimo em meados do século e, em 2100, será o 13º.
Até 2050, segundo o estudo,
a população dos 28 países africanos deve crescer em mais de 100%. Até 2100,
pelo menos dez dessas nações observarão um avanço demográfico de mais de cinco
vezes.
Ascom Força Sindical
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