Em meio a preocupações com a
desaceleração da economia da China e com o aumento de juros nos Estados Unidos,
a moeda norte-americana voltou a subir. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira
(30) vendido a R$ 3,371, com alta de 1,25% (R$ 0,042). A cotação voltou a ficar
no maior nível em mais de 12 anos, desde 27 de março de 2003, quando a divisa
tinha fechado em R$ 3,386.
O dólar operou o dia todo em
alta, mas a subida acelerou-se depois das 10h. Na máxima do dia, por volta das
14h40, chegou a ser vendido a R$ 3,38, mas a alta diminuiu um pouco antes do
fechamento do mercado. A moeda acumula alta de 8,43% em julho e de 26,8% em
2015.
Desde que a equipe econômica
anunciou, semana passada, a redução para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB,
soma das riquezas produzidas no país) da meta de superávit primário (economia
para pagar os juros da dívida pública), o dólar passou a subir. Segundo
economistas ouvidos pela Agência Brasil, a possibilidade de o país perder o
grau de investimento das agências de classificação de risco tem pressionado o
câmbio.
Fatores externos também têm
feito o dólar subir em todo o mundo. A divulgação de que o PIB nos Estados
Unidos cresceu 2,3% no segundo trimestre, em termos anualizados, pressionou a
cotação. A aceleração do crescimento da economia norte-americana reforçou a
expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) aumente
os juros da maior economia do planeta antes do fim do ano.
Taxas mais altas nos Estados
Unidos atraem mais capitais para países desenvolvidos, elevando a cotação do
dólar em países emergentes como o Brasil, onde ocorre fuga de recursos. As
quedas nas bolsas asiáticas provocadas pela queda nas ações das principais empresas
na Bolsa de Xangai (China) também aumentaram a turbulência no mercado
financeiro internacional.
Com informações da Agência
Brasil.
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