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terça-feira, 30 de junho de 2015

Senadores do PT reagem à ameaça de impeachment – Parte l




Em movimentação atípica no Congresso para uma segunda-feira, senadores do PT reagiram nesta segunda-feira (29) à nova investida da oposição em defesa do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, depois de divulgados os supostos beneficiários de repasses ilegais no esquema do petrolão. Segundo a edição da revista Veja deste fim de semana, 18 representantes de seis partidos políticos receberam doações eleitorais a partir de dinheiro desviado da Petrobras por meio da UTC Engenharia, segundo delação de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira. Como a campanha da petista consta dessa lista de patrocinados, oposicionistas reativaram os discursos em defesa do impedimento presidencial – postura que, na opinião dos petistas, não passa de oportunismo político.
“Não vejo qualquer situação para impeachment, objetivamente. A oposição sempre vai fazer esse discurso, sempre vai colocar isso como uma possibilidade. Mas [impeachment] é uma situação muito séria e, objetivamente, tem que haver uma causa isso. E eu não vejo causa alguma”, disse ao Congresso em Foco a senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra-chefe da Casa Civil. Como este site mostrou ontem (domingo, 28), diversos líderes oposicionistas passaram o fim de semana defendendo a abertura de um processo de impeachment contra Dilma – que, por imposições constitucionais, teria tramitação iniciada na Câmara, com julgamento no Plenário do Senado conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Parlamentares do DEM e do PPS, partidos que apoiaram as manifestações de rua contra a presidente, defendem a possibilidade abertamente. “Não tem condição nenhuma de a presidente continuar à frente [do cargo]. Na segunda-feira, temos que cobrar no Senado que seja levado para a Câmara a abertura do processo de impeachment. É simplesmente o cumprimento da lei. É crime eleitoral; a resposta é o afastamento”, disse o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
Questionado pela reportagem sobre o assunto, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), foi na mesma linha da colega de bancada. “Não vejo, até o momento, nada que justifique o impeachment da presidenta da República. Mesmo no caso dessa delação, se fossem verdadeiras essas relações, não implicariam ali questionamento quanto à legitimidade do mandato da presidenta. A oposição continua querendo se antecipar aos fatos – muito mais, parece-me, querendo aprofundar o desgaste do governo do que levar, mesmo, essa decisão até às últimas conseqüências”, ponderou o parlamentar.


Continua a seguir...

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