Mauricio Ramos Thomas, de 50 anos, residente em Campinas (SP)
se apresenta como consultor. Na tarde de quarta-feira, 24, ele entrou com um
pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. A medida, segundo ele, busca impedir que o petista seja preso, caso
alguma ordem neste sentido seja expedida
contra o ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato.
"Quando os advogados não conseguem resolver certos
problemas, eles me chamam", afirma.
Ele contou que já havia impetrado um habeas corpus em favor
do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Diz ainda que
estudou ingressar com o mesmo pedido em favor do ex-tesoureiro do PT João
Vaccari Neto. Ambos estão presos na Lava Jato, por suspeita de corrupção e
lavagem de dinheiro. No caso de Vaccari, o consultor afirma que desistiu,
porque o petista tem como defensor o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso.
Estadão: O sr. pediu habeas corpus para o ex-presidente Lula?
Mauricio Ramos Thomaz: Sim, fui eu que pedi.
Estadão: Por quê?
Mauricio Ramos Thomaz: Basicamente, porque eu sou paranaense,
mas odeio o Paraná. Eu tenho vários casos no Paraná e todos os casos no Paraná
tem maluquice. Todos os meus casos no Paraná tem maluquice, seja eu com autor,
seja eu como réu. Não réu penal, réu civil. Existe uma ameaça concreta de que o
Lula pode ser preso. O Sérgio Moro já atuou no Mensalão, caso você não saiba.
Estadão: Conhece Lula?
Mauricio Ramos Thomaz: Apertei a mão dele uma vez em 1982,
1983, sei lá o quê.
Estadão: O sr. é filiado a algum partido?
Mauricio Ramos Thomaz: Não. Eu voto no PT e voto sempre no
Ivan Valente, do PSOL. Mas veja bem, não tem nada a ver (o habeas corpus) com
política, não. Quando eu acredito numa coisa, eu faço a coisa, entendeu? Eu já
fiz para várias pessoas, de graça. Quando eu acredito, eu faço.
Estadão: Já tinha pedido habeas corpus para outras pessoas?
Mauricio Ramos Thomaz: Eu tinha pedido para o Nestor Cerveró.
Impetrei e está para ser julgado. Só que estão dando um jeitinho lá, como estão
dando um jeitinho no Supremo. Ninguém sabe essas coisas. A única pessoa que
conseguiu alguma coisa no Mensalão fui eu. Mas ninguém sabe disso.
Estadão.com
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