Quando Neto Baiano perdeu o pênalti que liquidou as chances
do Vitória de continuar no Campeonato Baiano de 2015, muita coisa se esvaiu
junto com a defesa do arqueiro do modesto Colo-Colo. As marcas negativas que o
Leão quebrou com apenas uma derrota por 2 a 0 mal começaram a ser
contabilizadas. Mas já é possível apontar a maior delas: a Copa do Nordeste do
ano que vem será a primeira da história sem seu maior campeão. Competição
frequentemente interrompida no calendário oficial da CBF, o Nordestão teve
início oficialmente em 1976. Na ocasião, o Vitória conquistou o primeiro de
seus cinco títulos. De lá para cá, em suas 13 edições, o Leão da Barra jamais
ficou fora do torneio que se acostumou a vencer.
Pelas regras atuais, todas as vagas da Copa do Nordeste são
garantidas por meio de classificação no Campeonato Estadual. Ou seja, mesmo que
conquiste o título este ano, caso o regulamento seja mantido, o time de Claudinei
Oliveira não tem chances de disputar a competição de 2016. A única brecha vem
por meio do regulamento do Campeonato Baiano. O artigo 12 fala em vagas para
campeão estadual e vice, mas um parágrafo cita que, em caso de desistências, a
“Federação Bahiana de Futebol – FBF indicará o(s) participante(s) da Copa do
Nordeste – Edição 2016, observando, rigorosamente, a classificação do
Campeonato Baiano de Futebol Profissional 1ª divisão – Edição 2015″ – sem
deixar claro, no entanto, o que significa “observar rigorosamente a
classificação”. Se um dos finalistas do Baianão não tiver condições financeiras
de arcar com uma participação do Nordestão, a princípio, nada impede que o time
desista e ceda vaga ao Leão da Barra.
Outra marca negativa alcançada pelo Vitória neste 2015 é
relativa ao próprio estadual: o clube nunca foi eliminado nas quartas-de-final
em todos os tempos.
O estrago foi grande. Resta saber como levantar.
Esporte Interativo
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