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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Tomografia revela que estátua de buda está “recheada” com múmia de mil anos - Parte l



Como você sabe, é uma prática relativamente comum que pesquisadores submetam peças de museu a exames como radiografias e reflectografia de infravermelho, seja para atestar sua autenticidade ou para descobrir quais materiais e técnicas foram utilizadas na criação das obras. O mais interessante é que esses procedimentos às vezes revelam muito mais do que os cientistas esperavam descobrir. é o caso de uma equipe de pesquisadores do Museu Drents, localizado nos Países Baixos, que submeteu uma estátua chinesa de buda datada entre os séculos 11 e 12 a uma tomografia, descobrindo que a peça abriga um monge mumificado em seu interior. De acordo com Rossella Lorenzi do site Discovery News, os cientistas acreditam que o corpo pertence a Liu Quan, um mestre budista que viveu por volta do ano 1100. Segundo Rossella, os cientistas ficaram completamente surpresos ao encontrar o monge sentado na posição de lótus no interior da estátua, e submeteram a peça a mais tomografias e a exames de endoscopia. Após uma análise mais minuciosa, a equipe descobriu que os órgãos internos de Quan foram removidos e substituídos por documentos cobertos por escrituras chinesas.
Os pesquisadores especulam que o monge pode ter realizado o ritual de automumificação. Conforme já explicamos em uma matéria aqui do Mega Curioso, essa prática era normalmente realizada no Japão por monges budistas Sokushinbutsu, e consistia em tirar a própria vida através de um longo e doloroso processo que, ao mesmo tempo, provocava a mumificação de seus corpos. Assim, durante um período de mil dias os monges se submetiam uma estrita dieta durante a qual apenas consumiam sementes e frutos secos, e seguiam uma dura rotina de exercícios físicos. O objetivo era o de eliminar toda a gordura corporal possível e, depois dessa primeira etapa, os monges passavam outros mil dias consumindo raízes e cascas de árvore.

Continua...


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