Em uma pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Urologia
(SBU), realizada em parceria pelo Instituto Datafolha, foi analisada a
percepção masculina em relação ao câncer de próstata e o temido exame de toque.
Apesar de 76% dos entrevistados terem ciência deste tipo de detecção, somente
32% já o fizeram. Os números são mais preocupantes no nordeste brasileiro,
aonde apenas 36% dos homens vão ao urologista e na população de classes D e E,
em que 74% nunca fez o exame de toque.
O câncer de próstata é um dos tipos de tumor maligno mais
frequente do homem, com surgimento de 50 mil novos casos por ano no Brasil.
Nesta faixa etária, a hiperplasia prostática benigna (HPB), que é um aumento
não cancerígeno da próstata, manifesta-se em cerca de 25% dos homens e o seu
desenvolvimento leva ao aparecimento de sintomas urinários, como dor ao urinar
ou o excesso de micções. O exame de sangue para a análise do antígeno
prostático específico (PSA), uma proteína produzida tanto por células
prostáticas cancerígenas como por células normais, é utilizado no rastreamento,
diagnóstico e o acompanhamento dos pacientes com câncer de próstata.
As células prostáticas sintetizam uma forma da proteína –
chamada de pró-PSA – e liberam para o interior do órgão, onde gera o PSA ativo.
Ao ser degradado, essa molécula assume a forma inativa e entra na corrente
sanguínea, na forma de PSA livre.
Na maioria dos quadros – cerca de 75% - a doença afeta homens
acima dos 65 anos. Em ambos os casos, a idade e a história familiar são os mais
importantes fatores de risco.
Na prática médica, a avaliação de rotina de próstata consiste
em coleta de exames de urina e sangue, incluindo o PSA em combinação com o
toque retal. Para os especialistas, o exame do toque retal é imprescindível na
avaliação prostática. É útil durante a avaliação do tamanho da glândula, de sua
consistência, dos limites anatômicos e da análise de presença de nódulos
palpáveis na próstata, o que leva a suspeita de câncer.
Continua...
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