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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Estatuto da Família proíbe casais gays de adotar filhos



O relator do projeto de lei do Estatuto da Família, deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), apresentou no dia 17/11 substitutivo à proposta em que mantém a definição de família como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento ou união estável.
 Ainda não há data prevista para a votação do texto na comissão especial que analisa a matéria. O relator inseriu no texto outro dispositivo polêmico: o substitutivo modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90) para exigir que as pessoas que queiram adotar sejam casadas civilmente ou mantenham união estável, constituída nos termos do artigo 226 da Constituição.
 Como o texto constitucional reconhece explicitamente apenas a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, na prática o substitutivo proíbe a adoção de crianças por casais homossexuais, de acordo com a Agência Câmara. Hoje, embora a adoção de crianças por casais gays não esteja prevista na legislação, ela tem sido garantida pela Justiça.
 Porém, para Fonseca, “a concessão pelos tribunais da adoção homoafetiva desconsidera o fato de que o tema de pares homossexuais formando famílias ainda não está pacificado na sociedade”.
 Na visão dele, “trazer a criança para o meio de um furacão é no mínimo desprezo à proteção dos direitos desse menor.” A proposta permite, porém, a adoção por solteiro ou por uma única pessoa.
 “Isso não seria contrário à plenitude do interesse da criança e teria o paralelo com a família monoparental”, afirma Fonseca. Para ele, a união entre homem e mulher, da qual se “presume reprodução conjunta”, é o “sustentáculo da sociedade” e a única que deve ensejar “especial proteção do Estado”.

Escreve Poder & Política


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