O primeiro debate entre a
presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o senador Aécio
Neves, postulante do PSDB ao cargo, foi marcado por tensões e trocas de
acusações. Em encontro realizado nesta terça-feira 14 pela Band, a petista
buscou explorar o fato de ter vencido Aécio em Minas Gerais no primeiro turno,
e de o PT ter conseguido eleger Fernando Pimentel como governador. Aécio, por
sua vez, procurou dissociar o governo Dilma do altamente popular governo de
Luiz Inácio Lula da Silva e também retratar a atual gestão como uma de
fracasso. Durante todo o encontro, os candidatos se acusaram mutuamente de
mentir e de agir de forma leviana. No primeiro bloco, Aécio Neves tentou
distanciar Dilma de Lula. Em duas oportunidades, o tucano elogiou o governo do
petista e afirmou que, com Dilma, o Brasil “parou de melhorar”. Para completar
a crítica, Aécio disse ter a impressão de que ele e a petista eram “dois
candidatos de oposição”, pois Dilma, afirmou o tucano, não defendia seu próprio
governo. Dilma, por sua vez, centrou as críticas na gestão de Aécio Neves como
governador de Minas Gerais, uma tentativa de ampliar a vantagem de 415 mil
votos obtida no estado, segundo maior colégio eleitoral do país, no primeiro
turno.
O debate mais tenso entre
Dilma e Aécio se deu por conta de casos de corrupção. No segundo bloco, o
tucano trouxe à tona o escândalo da Petrobras, que ressurgiu na semana passada
com as informações dos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor
da Petrobras Paulo Roberto Costa. O tucano confrontou Dilma, que diz ter
demitido Costa, com uma ata da Petrobras no qual consta a renúncia do
ex-diretor. Dilma rebateu as críticas com sua defesa já tradicional sobre o
tema. Ela afirmou que o PSDB, no governo, “finge investigar e não investiga” e
afirmou que sob os governos petistas as instituições responsáveis pelo combate
à corrupção foram fortalecidas e ganharam independência. Na sequência, Dilma
citou diversos escândalos da era FHC, como os do Sivam, da compra de votos para
reeleição, da “pasta rosa”, do “mensalão” do PSDB em Minas e do cartel de trens
no metrô em São Paulo e afirmou que todos os envolvidos “estavam soltos”.
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