A briga interna pelo
controle do PSB, aberta após a morte de Eduardo Campos, teve mais um capítulo
na tarde desta segunda-feira (13). Por unanimidade, a cúpula do partido elegeu
Carlos Siqueira, que desempenhava até o momento a função de secretário-geral,
para presidir a legenda. Agora, o comando ficará com a ala pernambucana,
identificada com Eduardo Campos e alinhada nacionalmente com o PSDB. O
diretório de Pernambuco conseguiu emplacar o governador eleito do estado, Paulo
Câmara, na vice-presidência nacional do partido. Siqueira desertou da campanha
presidencial de Marina Silva uma semana após a morte de Campos. Ele foi eleito
com o apoio do diretório pernambucano e da viúva, Renata Campos, que inicialmente
apoiava o nome do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, mas acabou convencida de
que a ligação de Siqueira com a base do PSB daria representatividade aos
pernambucanos.
Roberto Amaral, até então
presidente interino da legenda, não compareceu à reunião. Ele, que semana
passada protagonizou o evento de apoio do PSB a Aécio Neves (PSDB), declarou no
sábado que apoiará a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT). Ex-ministro
da Ciência e Tecnologia, Amaral foi contra a candidatura de Eduardo Campos e defendia
o retorno da aliança com o PT.
Quem também ficou de fora da
reunião que elegeu a nova executiva foi a deputada federal Luiza Erundina, que
comandou a campanha presidencial de Marina Silva. Como prêmio de consolação
pela derrota sofrida no Espírito Santo, o governador Renato Casagrande ganhou a
secretaria-geral. Beto Albuquerque, que foi candidato à vice-presidente na
chapa de Marina, será o segundo vice-presidente de Relações Governamentais.
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