O
esquema milionário montado pelo Partido dos Trabalhadores para desviar recursos
de programas sociais para campanhas eleitorais de petistas na Bahia vai ser
investigado por uma força tarefa do Ministério Público. Procuradores e
promotores vão reabrir o caso que tem como alvo o Instituto Brasil, uma ONG
criada por petistas para camuflar a atuação do grupo criminoso. Na edição de
VEJA desta semana, a presidente do instituto, Dalva Sele Paiva, revela que a
entidade foi usada para fazer caixa dois para o partido por quase uma década. O
instituto chegou a movimentar, segundo Dalva Sele, 50 milhões de reais desde
2004. O caso mais emblemático, investigado pelo Ministério Púbico há quatro
anos, ocorreu nas eleições municipais de 2008, quando a entidade foi escolhida
pelo governo do Estado para construir 1.120 casas populares destinadas a
famílias de baixa renda. Os recursos – 17,9 milhões de reais – saíram do Fundo
de Combate à Pobreza. Desse total, 6 milhões de reais foram desviados para
campanhas do PT. “Quem definia os que receberiam dinheiro era a cúpula do PT. A
gente distribuía como todo mundo faz: sacava na boca do caixa e entregava para
os candidatos ou gastava diretamente na infraestrutura das campanhas, como
aluguel de carros de som e combustível”, diz Dalva Sele. Entre os principais
beneficiários desse banco citados por Dalva Sele, estão o senador Walter
Pinheiro, vice-lider do PT no Senado, o atual candidato do PT ao governo da
Bahia, Rui Costa, e os deputados federais Nelson Pellegrino, Zezéu Ribeiro e Afonso
Florence, este último ex-ministro do Desenvolvimento Agrário de Dilma Rousseff.
Mas há outros como o atual presidente da EMBRATUR, José Vicente Lima Neto,
deputados estaduais, secretários e ex-secretários do governo de Jaques Wagner,
como Jorge Solla (Saúde), o ex-superintendente de Educação Clóvis Caribé, a
deputada estadual Maria Del Carmen, militantes e dirigentes do PT na Bahia.
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Escreve
Robson Bonin (Veja)
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