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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

3 mil crianças sofrem abuso sexual na Bahia por ano, de acordo com o CEDECA



A ação tem o objetivo de fortalecer as unidades da instituição possibilitando maior atenção e amparo a estas crianças e adolescentes que sofrem ou já sofreram violência. “Estamos mapeando a estrutura e funcionamento dos CREAS, bem como a capacidade de atendimento em todo o estado, para possibilitar a atuação do MP e uma cobrança efetiva deste órgão. Vamos analisar se tem condições necessárias para dar a devida atenção às vítimas de violência sexual, como prevê a legislação brasileira”, explica a promotora do MP-BA e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente. A previsão é entregar o levantamento até final do ano. De acordo com os dados do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA), na Bahia, 3 mil crianças são vítimas de abuso sexual por ano e Salvador é a terceira cidade que mais registra casos. O Ministério Público do Estado lança anualmente a Campanha contra a violência sexual. Recentemente o Tribunal de Justiça inaugurou a sala do depoimento especial, com profissionais habilitados para tratar do assunto.
Em 2011 foram 4.428 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. No ano seguinte o número praticamente se repetiu.  Isso se deu, conforme a Promotora Guedes, devido ao lançamento da campanha que teve como madrinha a cantora Ivete Sangalo. “O forte apelo midiático e o apoio de Ivete Sangalo, que foi madrinha da campanha, gerou a conscientização de grande parte das pessoas, que começaram a denunciar através do disk 100”, disse.
Em 2015 a musa baiana será novamente a madrinha. “A Campanha do ano que vem, está sendo discutida com o Ministério Público do Nordeste, e terá abrangência nacional, todo o país com o mesmo foco”, afirmou. Neste ano, conforme os dados contabilizados até agosto foram 1675 casos. Quando a denúncia chega ao MP-BA, o caso é encaminhado para a delegacia especializada, e após instauração do inquérito, retorna ao MP e as promotorias da infância adotam as medidas cabíveis. “A medida depende do caso, quando ocorre a violência dentro do ambiente familiar, pode ter a suspensão do poder familiar. Nós encaminhamos para o CREA fazer o acompanhamento da criança e a família”, explica Guedes.

ASCOM Força Sindical

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