Inconformados com a postura
considerada antidemocrática do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira
(PI), que nesta quarta (25) a convenção do partido, integrantes do diretório
regional entraram com uma ação cautelar contra a decisão da legenda de apoiar a
candidatura da presidenta Dilma Rousseff. Oito membros do diretório nacional do
partido pedem uma liminar para suspender os efeitos da convenção e a posterior
anulação da reunião de maneira definitiva pela Justiça Eleitoral.
Uma das representantes do
grupo de insatisfeitos, a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o presidente
Ciro Nogueira “atropelou” o direito de manifestação dos demais colegas ao não
colocar em votação durante a convenção uma moção que pedia a neutralidade do
partido em relação à disputa presidencial. Nogueira colocou em votação
simbólica apenas a proposta de transferir para a Executiva Nacional do PP a
decisão e declarou encerrada a convenção. Em seguida, entrou rapidamente em seu
gabinete e saiu anunciando que a Executiva tinha aprovado o apoio à reeleição
de Dilma.
“Ele serviu um prato feito e
queria que a convenção fosse homologatória e não decisória. Ele queria que a
gente homologasse aquilo que ele já vinha anunciando nos jornais. Nós ficamos
sabendo sobre as intenções deles pelos jornais”, disse a senadora. Ana Amélia
defende a neutralidade do partido para que seus membros fiquem livres para
apoiar o candidato que julgarem ser o melhor. Segundo ela, somente com a determinação
de neutralidade pela convenção, os dissidentes terão “segurança jurídica” para
se aliar a outro candidato que não a presidenta Dilma.
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