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quinta-feira, 22 de maio de 2014

10ª Romaria da Terra e das Águas da Diocese de Ilhéus Demonstração de fé e esperança – Parte l


Os pés descobrem os caminhos, as mãos levantam a bandeira da esperança e os lábios entoam os cantos de fé e justiça. Foi assim a 10ª Romaria da Terra e das Águas da Diocese de Ilhéus, que aconteceu no domingo, 18 de maio de 2014, com o tema: DEFENDENDO NOSSO CHÃO, NOSSA GENTE E A CRIAÇÃO. Cerca de mais de cinco mil pessoas se reuniram na Fazenda Reunidas, para iniciar a caminhada rumo à Cidade de Gandu. As romarias da terra e das águas são o templo do encontro do divino com o humano, são grandes celebrações que manifestam e constroem a unidade da igreja.
São manifestações religiosas que contagiam milhares de pessoas. As caminhadas da terra romperam o ciclo vicioso das romarias tradicionais, centradas no individualismo, na busca do conforto ao coração, do transcendente e, que, por isso, aconteciam ao redor do santo e do altar. As romarias da terra introduziram ainda como elementos centrais a Palavra e a vida do povo, e, por isso elas sempre tiveram um cunho profético de denúncia da realidade de opressão vivida pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo e das injustiças que contra eles se cometem. Elas buscam através da fé e do elemento religioso a transformação da sociedade, a construção do Reino de Deus. Já temos convicção da importância da Romaria para a sociedade: Chamar a atenção sobre a terra, a natureza, a água, para que, primeiro ela seja zelada e segundo, se mantenha na possibilidade de uso para todos e não seja concentrada em poucas mãos.
Dom Mauro Montagnoli, Bispo da Diocese de Ilhéus fez a abertura da Romaria, caminhou lado a lado com os romeiros e romeiras em todo o percurso. A 10ª Romaria da Terra e das Águas organizada pela Articulação Diocesana de CEBs e Zonal Norte II da Diocese de Ilhéus, este ano ganhou a participação maciça da juventude.  A PJ se caracteriza por uma Pastoral social, e por isso deve se unir às demais pastorais que lutam pela transformação da sociedade. A luta pela terra, pelo espaço de uma vida digna reforça a postura da Pastoral social.  É a juventude em construção do Projeto de Deus aqui na terra, uma juventude comprometida com Jesus Cristo, para partilhar suas experiências e caminhar junto com o pobre. Durante a caminhada encontramos leigos e leigas, religiosos (as), bispo, padres, crianças e adolescentes, pais, mães e avós, trabalhadores rurais, urbanos e informais, desempregados, certos de que a luta pela terra e pela água  é uma luta de todos os que defendem uma vida digna e justa para os filhos de Deus.  Assim que a Romaria tomou corpo, a Rodovia perdeu seu tom cinza ganhando alegria, calor humano, cor e som. Era uma visão de comover, emocionar, pois era a união de esforços, tudo por um mesmo ideal, pela questão da defesa de direito à terra, a água e a vida.

Continua...

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