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sexta-feira, 7 de março de 2014

A volta do AI-5 – Parte l


A Força Sindical teme que o projeto de lei antimanifestação do governo federal, se aprovado, vire a segunda versão do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar, em dezembro de 1968.
Naquele período, primeiro foram proibidas as livres manifestações. Depois, os jornais e emissoras de televisão foram censurados. Mas foi justamente o povo nas ruas que conquistou a redemocratização. Parece que o governo se esqueceu desse capítulo da história. O ministro da Justiça, atropelado pela pressa, pode cair no terreno da intolerância. Será que ele não se recorda da importância das Diretas Já em São Paulo e no Rio de Janeiro?
A Força Sindical teve acesso à íntegra do projeto, chamado por alguns de lei antiterrorismo. Considera-o uma mordaça com viés autoritário aos movimentos sociais cujo intuito é inibir, senão calar as livres e legítimas manifestações de rua.
Como o do governo, há quase dez projetos similares no Congresso.
Representantes da Força Sindical reuniram-se recentemente com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para expressar a preocupação da classe trabalhadora com o tópico. Ambos os líderes se mostraram sensíveis ao tema e temerosos, como os sindicalistas, pela ameaça de supressão dos direitos sociais. Se confirmado o texto, não restará dúvida de que o projeto de lei do governo nada mais é do que uma tentativa de reprimir as demandas da população. Aproveitando-se do momento de turbulência e excessos praticados por pequenos grupos como os "black blocs", ele visaria criminalizar os protestantes.
Continua...



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