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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vereadores de Coité ingressam na Justiça contra contrato da Prefeitura contra Cooperativa de Saúde


Os vereadores de Oposição da Cidade de Conceição do Coité, na região do Sisal, ingressaram com pedido no Ministério Público Estadual e Federal para que proceda a investigação contra o contrato celebrado entre a Prefeitura e a Coof Saúde Cooperativa de Trabalho que administra o sistema de saúde do Município. A suspeita dos vereadores é de que há malversação de recursos públicos uma vez que, a despeito do município pagar mais de R$7 milhões para a cooperativa, os serviços não estão sendo prestados à população. A ação dos vereadores vem logo após o programa Fantástico, da Rede Globo, revelar um esquema de cobrança de propina por representantes de cooperativas de saúde com ou sem registro, em contratos com prefeituras baianas. De acordo com o vereador Nego Jai, o atual prefeito Francisco de Assis (PT) assinou contrato através do Fundo Municipal de Saúde de Conceição do Coité, administrado pelo secretário de Saúde e vice-prefeito Alex Lopes da Silva, no valor de R$7.443.747.48 com a cooperativa para que ceda médicos, odontólogos e nutricionistas para a rede municipal. Entretanto, a comunidade denuncia constantemente, inclusive em sessões da Câmara de Vereadores, a falta de profissionais da saúde na rede municipal. “A alternativa da população é ser atendida pelos grandes hospitais de Feira de Santana e de Salvador”, afirmou Nego Jai.
Os vereadores denunciam ainda a falência total do setor de saúde, com ausência de medicamentos, até mesmo básicos da Farmácia e de materiais hospitalares. “O que vemos é que a prefeitura assinou um contrato milionário que não condiz com os serviços oferecidos, em total desrespeito a um dos princípios básicos que regem a administração pública. Há indícios de malversação dos recursos públicos, pois o absurdo valor pactuado não tem se convertido no efetivo objeto contratado, que é a prestação dos serviços de saúde à população”, atestam os vereadores.
Os vereadores denunciam ainda que o objeto do contrato é cessão de material humano para a realização de serviços na área da saúde, mas é comum a Prefeitura ceder enfermeiros, médicos e zeladores para complementar o atendimento a população. “Ora, se tem contrato para contratação de profissionais, porque a prefeitura ainda complementa o quadro de trabalhadores?”, questiona Nego Jai. Na ação, os vereadores requerem do Procurador Geral de Justiça do Estado da Bahia Wellington César Lima e Silva que instaure inquérito civil para investigar o contrato da prefeitura com a Coof Saúde Cooperativa de Trabalho. O pedido foi protocolado sob o número 003.0.249989/2013. Assinam a ação os vereadores Elizane Cana Brasil (PSDB), Élder Ramos (PP), César do Hospital (DEM), Lindo de Neusa (Pros), Pedrinho da Sambaíba (Pros) e Nego Jai (PP)

Texto: Aloísio Araujo Jr

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