Ao admitir que a candidatura das oposições
pode sair apenas no ano que vem, como registra a edição de hoje da Tribuna da
Bahia, o ex-ministro e pré-candidato do PMDB a governador, Geddel Vieira Lima,
fez um movimento importante no sentido de mostrar que seu discurso pela unidade
é verdadeiro.
Na prática, ele retira do DEM e do PSDB o
foco de tensão que vinha sendo criado pelo PMDB, único dos três a defender e
pressionar pela antecipação da candidatura oposicionista. E, agora, já não pode
mais ser acusado nos bastidores, como ocorria, de não estar colaborando com a
construção de um projeto conjunto para o grupo.
Não se pode dizer que o novo movimento do
PMDB foi espontâneo. O partido foi levado a um posicionamento diferente do que
adotara até a semana passada por uma estratégia muito bem montada pelo DEM. Com
a corda no pescoço para assumir o que faria em relação a 2014, o DEM resolveu
jogar duas pedras no tabuleiro sucessório.
Anunciou, sem que o implicado desse palavra,
que Paulo Souto vai ser candidato em 2014, e ao mesmo tempo informou que sua
candidatura só seria oficializada depois do Carnaval. A postura poderia levar o
PMDB a duas reações. Marchar sozinho com Geddel ou outra candidatura de fora do
grupo ou comprometê-lo com os oposicionistas.
O líder peemedebista preferiu a segunda
opção, mostrando que tem compromisso com o projeto de oposição ao governador
petista Jaques Wagner. O segundo desafio à unidade fica agora postergado para o
ano que vem, quando DEM, PSDB e PMDB terão que se debruçar sobre a montagem da
chapa.
Exclusiva do Política Livre
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