Com apoio dos grupos Movimento de Esquerda Socialista (MES),
Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), Trabalhadores na Luta Socialista
(TLS) e Reage Socialista, a ex-parlamentar deverá enfrentar a pré-candidatura
do senador Randolfe Rodrigues (AP) ao Planalto. Ele é apoiado pela maioria da
atual direção, comandada pelo presidente do partido, deputado federal Ivan
Valente (SP).
"O bloco de esquerda tem uma visão de que o PSOL precisa ser
muito fiel às manifestações de junho", disse Luciana, antes do ato.
"Isso significa rejeitar os velhos métodos de fazer política."
Para Luciana, os integrantes do grupo de Valente são mais
flexíveis, "aceitaram aliança com o PTB e apoio do DEM, apoio da
(presidente) Dilma (Rousseff) no Pará. Têm uma visão mais tradicional da
política." Segundo a ex-parlamentar, é preciso "recompor o sentimento
ante partido", que teriam marcado as manifestações ocorridas no País há
três meses.
Uma das bandeiras da campanha de Luciana é a convocação de uma
Assembléia Nacional Constituinte "para reorganizar as instituições do
País", explicou. Outra é a realização de um plebiscito para decidir o
destino da dívida pública federal que, destacou, consome 40% do Orçamento
federal em detrimento de setores sociais, como educação, saúde e transportes.
Uma terceira proposição é uma reforma eleitoral que garanta que a Constituinte
seja eleita sob regras que garantam mais igualdade na campanha eleitoral na
televisão, candidaturas avulsas (sem filiação partidária) e não tenha recursos
doados por empresas.
A ex-parlamentar em 2003 foi expulsa do PT, pelo qual se elegera
deputada federal pelo Rio Grande do Sul. Na ocasião, também foram expulsos o
também deputado federal João Babá (PA) e a então senadora Heloísa Helena (AL).
Os três votaram contra a reforma da Previdência aprovada no início do primeiro
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estabeleceu, para o
funcionalismo público, idade mínima para aposentadoria, contribuição
previdenciária de aposentados e teto de dez salários mínimos para benefícios do
setor público - quem quiser mais, terá de pagar contribuição maior.
Integrantes, à época, da esquerda petista, os três parlamentares consideraram a
reforma uma "traição" aos compromissos históricos da legenda.
Fonte: Poder & Política
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