O possível clima de “namoro” do deputado federal Arthur Maia (PMDB) com
o PSD, fato que estaria causando apreensão entre parlamentares federais
pessedistas, que prevêem dificuldades nas eleições estaduais de 2014, conforme
publicado, por enquanto não passaria de especulação da imprensa, segundo
informações do presidente estadual do partido, o vice-governador Otto Alencar e
do próprio peemedebista. Desde quando declarou divergências com o PMDB,
liderado na Bahia pelo pré-candidato ao governo pela oposição, Geddel Vieira
Lima, que o futuro político do deputado estaria sendo sondado. Entretanto,
apesar de negar a filiação de Maia, o líder pessedista abriu espaço para uma
suposta aliança ao elogiar o quadro. Como o prazo para mudanças de partido para
quem vai se candidatar no pleito do ano que vem segue até o dia 05 de outubro,
nos bastidores, a possibilidade ainda não é descartada. Diante dos rumores,
Otto disse nessa quarta-feira (14) que até o momento não teria ocorrido nenhuma
conversa com o deputado sobre um virtual ingresso no PSD. “Isso é especulação
de jornal. Ele é meu amigo, uma pessoa que eu admiro, mas não existe nada
disso”, disse. No entanto, não rejeitou a tese ao destacar que Maia seria um
quadro que qualquer partido gostaria de ter. “Ótimo deputado, com uma grande
história de vida, alguém que já veio ao meu gabinete me pedir uma ou outra
obra, mas não houve essa conversa”, frisou.
Fonte Tribuna
Bate boca no STF faz seção
ser encerrada
Um bate-boca no plenário entre o presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e o vice-presidente, ministro Ricardo
Lewandowski, levou nesta quinta-feira (15) ao encerramento da sessão que
analisava os embargos dos réus do processo do mensalão. O desentendimento
começou quando Barbosa e Lewandowski passaram a discutir sobre a lei usada na
dosimetria da pena aplicada ao ex-deputado federal Bispo Rodrigues (extinto
PL-RJ, atual PR).
A divergência acontece sobre a data da prática do crime. De acordo
com o vice-presidente do STF, a pena não deve ser aplicada com base na Lei
10.763, de 2003, uma vez que Bispo Rodrigues teria cometido o crime em 2002. Em
meio à explanação de Lewandowski, o presidente do STF o acusou de querer abrir
uma discussão protelatória que tinha sido realizada durante o julgamento em
2012.
"Para que servem os embargos?", questionou Lewandowski.
"Não é para arrependimentos, ministro", rebateu Barbosa, lembrando
que a votação foi unânime. Em seguida, ele afirmou que o vice-presidente do
Supremo estaria fazendo uma "chicana". "Vossa excelência está
acusando um ministro de estar fazendo chicana? Peço que o senhor se retrate
agora", retrucou Lewandowski. Barbosa disse que não se retrataria.
Em meio ao bate-boca, o presidente do Supremo decidiu encerrar a
sessão sem que houvesse conclusão do julgamento dos embargos do ex-deputado do
extinto PL do Rio. A discussão entre Barbosa e o vice-presidente da Corte se
arrastou até a sala de lanches, que fica atrás do plenário. Após o encerramento
da audiência, o ministro Marco Aurélio Mello lamentou o episódio, segundo ele,
causa descrédito da instituição. "É ruim em termo de credibilidade da
instituição. É ruim em termo de entendimento que deve haver no colegiado",
afirmou. "Acho que houve um arroubo de retórica e a essa hora o presidente
deve estar arrependido", acrescentou.
Bispo Rodrigues foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção
passiva a uma pena de 6 anos e 3 meses de prisão mais pagamento de multa no
valor de R$ 696 mil. Conforme a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele
recebeu R$ 150 mil do "valerioduto" para votar a favor do governo
durante o esquema do mensalão, descoberto em 2005. A data de uma nova sessão
ainda não foi confirmada. Além do embargo do Bispo Rodrigues, ainda restam 17
recursos, de um total de 26, apresentados pelos condenados para serem julgados
pelos ministros.
Fonte: Noticias ao Minuto
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