Por Sandro Régis
Infelizmente no tempo atual, assiste-se uma desenfreada e
condenável corrida por troca de Partidos, principalmente em se tratando de
políticos com mandatos eletivos. Uns o fazem por questões de coerência,
fidelidade e respeito aos seus princípios e aos seus eleitores (no nosso caso
especificamente), outros tantos, por não terem aprendido a viver e sobreviver
politicamente na adversidade das oposições, buscam a sombra do PODER, passando
a dar para a população o triste espetáculo da "dança das cadeiras".
Ingressamos na política partidária em 2002, fomos eleitos pelo
extinto PL apoiando Paulo Souto. Quando ingressamos no referido Partido
Republicano - PR, constituído da fusão entre o PL (meu antigo partido) e o
PRONA, nós continuamos a fazer oposição, procedimento que não poderia ser
diferente.
Em 2007 continuamos apoiando coerentemente Paulo Souto e o
fizemos novamente na oposição ao governo petista de Jaques Wagner. Recentemente
o PR (Partido Republicano) resolveu apoiar, o Governo petista de Dilma Roussef,
direcionando que, a bancada na Assembléia Legislativa também desse apoio ao
Governo Wagner na Bahia, o que de imediato rechaçamos. Por força das
circunstâncias, como passou a ser do conhecimento do mundo político, nós
pedimos desfiliação dos quadros do Partido Republicano ao qual dedicamos o
nosso melhor, com esforço e fidelidade desde 2007.
Por honrar a nossa história e acreditando piamente que política
séria exige coerência, demos entrada de ação na Justiça, para conquistar o
direito de desfiliação do PR sem perder o nosso mandato de deputado estadual,
amparados na resolução 22.610 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que admite
a mudança de Legenda quando comprovada a modificação no ideário político. E
como a ação era justa, ganhamos por unanimidade. Respeitamos politicamente a
decisão do PR onde tenho muitos amigos pessoais, mas, não convergimos mais. O
diálogo faz parte do jogo democrático e vai continuar existindo, embora
estejamos agora em lados opostos. Preferimos continuar fazendo oposição, ato que
nos tem deixado em paz conosco mesmo, procedimento que vem merecendo um apoio
amplo e incontestável de nossos companheiros e de importantes setores da
comunidade baiana.
Não existe DEMOCRACIA sem oposição, o PT não entende desse jogo
democrático e fica o tempo todo trabalhando e usando a forte máquina do PODER
para ser Partido único no Brasil. Nada mais pernicioso e prejudicial à
DEMOCRACIA!
Política séria exige comprometimento, coerência, ética e
fidelidade.
O momento exige mais do que nunca que continuemos o nosso
difícil e espinhoso trabalho de ser oposição na Bahia. Nunca seremos oposição
aos interesses do Estado e dos baianos, mas seremos sempre uma voz que não se
cala, não se omite e nem se intimida, na defesa dos interesses da coletividade.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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