O
líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), afirmou que vai defender a
manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no
Ministério da Justiça e Segurança Pública, mesmo que o governo faça um apelo
para que os senadores aprovem o texto da reforma administrativa como veio da
Câmara, transferindo o órgão para o Ministério da Economia. Líderes do governo,
e o próprio presidente Jair Bolsonaro, fizeram um apelo na semana passada para
que o Senado aprove o texto da Câmara e evite que a medida provisória da
reforma administrativa perca a validade no próximo dia 3. Se os senadores
fizerem uma alteração, a matéria retorna à Câmara dos Deputados com um prazo
apertado. “O presidente já disse que, em último caso, abre mão. Ele pode abrir
mão de um direito, eu não abro mão de uma obrigação”, disse o líder do PSL, que
acrescentou que o partido vai liberar a bancada para votar como quiser. De
acordo com Major Olimpio, a Câmara teria tempo para votar as alterações do
Senado porque isso acontece quando senadores analisam medidas provisórias no
último dia do prazo. “Risco sempre existe e é hora de cada um de nós assumirmos
a responsabilidade”. Major Olimpio citou que, na última sexta-feira, 24, havia
30 votos dos 41 necessários para que o Coaf continue nas mãos do ministro
Sérgio Moro. Para ele, o posicionamento representa uma coerência com o programa
de governo de Jair Bolsonaro e com a pauta das manifestações de domingo, 26.
Estadão Conteúdo