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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Tamanho G - Sociedade Brasileira de Pediatria denuncia, A Bahia desativou no SUS mais de mil leitos de internação para crianças e adolescentes – Parte l



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Em levantamento exclusivo, feito sobre a realidade baiana, a SBP pontua um dos grandes gargalos da assistência integral disponível na rede pública. Mais de mil leitos de internação em pediatria clínica e cirúrgica (aqueles destinados a crianças e adolescentes que precisam permanecer num hospital por mais de 24h horas) foram desativados na rede pública de saúde da Bahia desde janeiro de 2010. Naquele ano, o estado dispunha de 4.728 dessas unidades para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). Já em abril deste ano (último dado disponível), no entanto, o número baixou para 3.687 – uma queda de aproximadamente 22%.
A denúncia é da professora Luciana Rodrigues Silva, que acaba de ser reeleita como presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No levantamento realizado a seu pedido, preocupada com a situação da assistência em saúde oferecida à população infanto-juvenil da Bahia, ela identificou que 88 municípios do interior não possuem nenhum leito de internação na especialidade.
As informações apuradas junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, preocupam os especialistas, mas não surpreendem quem cotidianamente sente na pele os dilemas das limitações do SUS. "A redução do número de leitos tem um impacto direto no atendimento, provocando atrasos no diagnóstico e no início do tratamento de uma população que vem aumentando bastante", criticou a presidente da Sociedade SBP.
Conduzida ao cargo, pelo segundo mandato consecutivo (dessa vez pela chapa “O pediatra em primeiro lugar: por mais 3 anos de união e conquistas”), Luciana Rodrigues Silva tem um histórico de compromisso com a valorização da especialidade e com a luta pela melhora na qualidade do atendimento. Segundo destaca, a falta desses leitos atrapalha a tomada de decisões dos médicos e compromete o tratamento de diferentes doenças.
De acordo com a presidente, na Bahia, as doenças que prevalecem em crianças são sazonais e nos primeiros semestres de cada ano, geralmente, acentuam-se as viroses gastrointestinais. Estas, em muitos casos, demandam internações. Além disso, Luciana Rodrigues Silva destaca que casos mais sérios de dengue, que afetam crianças e adolescentes, bem como o aumento na recorrência dos casos de alergias, infecções respiratórias e pneumonia também contribuem para o crescimento da demanda por internações.
Continua a seguir...

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