O
preço da cesta básica em novembro subiu em nove das 16 capitais pesquisadas
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Diesse). Em seis capitais, de acordo com o levantamento divulgado hoje (5), o
valor do conjunto de alimentos essenciais diminuiu.
As altas mais expressivas
ocorreram em Vitória (7,89%), Florianópolis (4,45%) e Campo Grande (3,12%). As
quedas mais importantes foram verificadas em Porto Alegre (-2,03%) e Curitiba
(-1,95%). Os preços mais altos da cesta foram registrados em Florianópolis (R$
478,68) e São Paulo (R$ 465,81). Os menores valores foram encontrados em
Aracaju (R$ 325,40) e Salvador (R$ 341,45).
No acumulado de 2019, dez
capitais pesquisadas apresentaram,taxas negativas até novembro, com destaque
para Aracaju (-9,30%). As outras seis cidades tiveram aumento no valor da
cesta. A alta acumulada mais expressiva ocorreu em Vitória (14,43%).
Alta da carne:
O
levantamento do Dieese destacou ainda a tendência de alta nos preços da carne
bovina de primeira, do óleo de soja e do feijão. Em contrapartida, os preços do
tomate e da batata, diminuíram na maior parte das cidades pesquisadas.
A carne bovina de primeira
apresentou aumento de preço em todas as cidades pesquisadas. De acordo com o
levantamento, as altas variaram entre 1,15%, em Recife, e 19,37%, em Vitória.
“Altos volumes de carne têm
sido exportados para a China, devido ao ano novo chinês; o período também é de
entressafra bovina e o custo de reposição do bezerro está muito alto. Por fim,
o dólar desvalorizado estimulou as exportações. Todos esses fatores encareceram
o valor da carne no varejo”, destacou o Dieese, em nota.
O preço médio da lata de
óleo de soja aumentou em 12 cidades das 16 pesquisadas em novembro. As altas
oscilaram entre 0,25%, em Recife, e 4,66%, em Campo Grande. O valor diminuiu em
Florianópolis (-0,79%), João Pessoa (-0,48%) e Belo Horizonte (-0,28%).
O valor do feijão aumentou
em 11 cidades em novembro. O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, apresentou variações
positivas em oito capitais, que oscilaram entre 1,27%, em Recife, e 5,77%, em
Belo Horizonte.
As quedas no preço do feijão
ocorreram em São Paulo (-2,55%), Salvador (-0,58%) e João Pessoa
(-0,17%). Já o feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul,em
Vitória e no Rio de Janeiro, teve alta em três capitais. Em Vitória, subiu
7,25%, em Florianópolis, 0,91%, e em Curitiba, 0,45%. As quedas foram
anotadas no Rio de Janeiro (-3,92%) e em Porto Alegre (-3,13%).
O preço da batata diminuiu
nas nove capitais do Centro-Sul. As quedas oscilaram entre -17,85%, no Rio de
Janeiro, e -1,21%, em Vitória. O quilo do tomate diminuiu em 15 capitais e
aumentou em Vitória (31,72%). As quedas oscilaram entre -31,16%, no Rio de
Janeiro, e -5,74%, em Goiânia.
Salario minimo:
Com base na
cesta mais cara, registrada em novembro em Florianópolis, o Dieese estipulou o
valor que o salário mínimo deveria ser de R$ 4.021,39, ou 4,03 vezes o mínimo
de R$ 998, para ser suficiente para suprir as despesas de quatro pessoas
com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência.
Fonte:
Agencia Brasil